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terça-feira, 26 de junho de 2012

Reflexamentos: um pensantear.


     Muitas vezes, penso na educação que meus velhos me deram. Hoje, principalmente, já que minhas responsas de educador aumentaram com a paternidade. Eles sempre diziam, não experimente tudo, porque é um caminho sem volta. Levo isso comigo e penso bastante antes das coisas que coloco em minha vida, sejam pessoas, substâncias, gestos. Nunca entendi, até pouco tempo, o que aquelas palavras que considerei exageradas, produto de uma estima excessiva, guardavam de sabedoria. 


        Ao estabelecer um encontro, seu corpo guarda as impressões deste contato. Não importa se uma boa ou má experiência, haverá memórias que lhe farão recordar alguma coisa registrada a respeito. Estas memórias podem ser entendidas como um espectro que vaga no seu mundo interior. Ele vai falar com você, expressão da necessidade de retorno ou de fuga, da vontade de reviver a experiência pregressa ou de fugir de qualquer coisa que insinue tal situação. O caminho sem volta não é sucumbir a alguém, ou algo, mas a eterna relação que existirá entre a coisa que se experimentou e você, para o resto dos seus dias. 


        Feliz é aquele que aprende pelo exemplo, pois não sente na carne o sofrimento de todo o aprendizado.








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