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quinta-feira, 29 de novembro de 2012

A Cretinice do Tempo - Cuma?

Hoje, estamos babando diante dos feitos de um infante que, aos 12 anos, toca blues parecido com o estilo de Steve Ray Vaughan. O menino loirinho se destaca com a guitarra fazendo os sons que embalam o sentimento e a profusao de memorias que a audiencia tem guardadinha. E surgem os comentarios, "uau, aos 12 anos, hein". E por que? Porque a maioria das crianças aos 12 anos é pouco talentosa para grandes feitos. Quando aparecem alguns, principalmente a galera altamente disciplinada do oriente, as pessoas piram. Ou seja, o status normal de um garoto tao novo é o de estar ainda engatinhando.

Mas isso nao tem a ver com os processos que o cercam? Isso nao tem a ver com a educaçao que recebemos e os horizontes que pintam pra gente enquanto somos crianças? 


De repente, milhares de acessos, deste povo global, a um garoto que esta tocando blues. Ele simplesmente toca blues, talvez um dos estilos mais tranquilos para expressar a beleza atraves das estruturas que o genero carrega em seu bojo. Nao parece, no entanto, que este mesmo mundo globalizado, de vida online, conhece este outro garoto aqui. Afinal, por que fariam tanto alarde por Frederik, se ja conhecem o jovem Quinn Sullivan?
 

E por que darmos tantos creditos aos dois, a nao ser por simpatia e simples necessidade de publicar e fazer rodar a grande maquina da imprensa mundial, se nos temos os inumeros talentos de jovens que antes mesmo do jovem Frederik ja fazem coisas muito mais impressionantes?

E se nos espantamos, hoje, com os metodos foram desenvolvidos ao extremo, com espa
ços reservados para pratica incansavel, com uma orientaçao que bebe na tradiçao de grandes nomes... opa, falando em grande nome, que tal darmos uma ouvida na obra de um outro rapaz de 12 anos que viveu algumas decadas antes destes supracitados?


A minha pergunta permanece, depois desta audiçao, a mesma: se a historia nos da a consciencia de um Mozart deste nivel, nesta idade, como podemos chamar de fenomeno nossos simpaticos amiguinhos? Nao seria exercicio futil da simpatia? Nao estariamos reorganizando os padroes e limitando nossos jovens que assistem televisao ao incrivel mundo da idiotia?

Talvez, por estarmos assistindo televisao e a par do que ela oferece, mere
çamos nao mais do que padecer em seu paraiso artificial.





Clube da Literatura Jabuti - too much bla bla bla

Hoje, no UOL, site que costumo visitar para ver a porcaria jornalística, deparei-me com esta notícia: 

Votantes do Prêmio Jabuti reagem a polêmica e elegem obra juvenil como livro do ano de ficção

 

Literactors

Acho engraçado o jogo obscuro destes eventos. Os jurados tem nome, mas nao manifestam seu julgamento, nao se tem acesso ao juizo feito pelo camarada, apenas o fato de que seu curriculo deve servir de credencial para atestar a validade de seu julgamento. Tudo bem, ja que eles dizem.

Mas, o que temos dos julgamentos, afinal? Notas. Se voce correr atras, pode ter acesso aos numeros. Que beleza, hein? Nao parece o clubinho da elite do bairro fazendo seus encontros e colocando adornos sobre uma cabaninha que chamam palácio? Que grande literatura está sendo premiada?
  
Showzinho privativo para autores da vez, editoras e editores famintos, mas com pouca literariedade, aposto. Portanto, minha vontade agora anseia pela experiencia de conhecer mais de perto este universo. Sera? Logo, vou começar a escrever um romance e espero concluir a coisa ate o final de 2013. Nao sei como vai ser, mas estou curioso sobre a critica. Vou preparar como se eu pudesse manipular a mao os genes de um bebe, a fim de que ele fosse parido com o meu capricho. Assim, nasce o direito de me baterem na cara. Agora, claro, quero ver quem e com que moral. Veremos.


"As obras de arte são de uma infinita solidão; nada as pode alcançar tão pouco quanto a crítica. Só o amor as pode compreender e manter e mostrar-se junto com elas"

- Reiner Maria Rilke 

segunda-feira, 26 de novembro de 2012

Dieckman com quem andas e te direi quem és!

Carolina Dieckman exerce sua ignorancia sem limites. Globais se apresentam cada vez mais sem conhecimento da causa que defendem publicamente. Sobre uma cena de estupro na novela atual, que nao pude e nem quero assistir, diz ela:


Susana Vieira e Carolina Dieckman


"Eles viram a cena montada e avaliaram que não era necessário mostrar tudo como foi gravado. Ninguém teve dúvidas de que ela foi estuprada. O importante é contar a história"

Se estamos falando em atuar, o que esta mulher esta dizendo nao tem o menor proposito. Contar estoria é o que faz um livro. Um script nao existe para CONTAR, porque o trabalho do ator é MOSTRAR. Esta falacia trabalha contra a qualidade da formaçao e da produçao artistica brasileira.

O que Carolina Dieckman esta fazendo é se posicionar em favor do moralismo que existe na dramaturgia nacional, que existe para atender a todo um sistema que se beneficia financeiramente deste tipo de visao de mundo. Se o importante é contar a estoria, o que fez Gaspar Noé em Irreversible?




Novela é uma coisa, filme é outra, sei bem disso, mas a propriedade artistica é, fundamentalmente, a mesma: atuar. Atuaçao é gesto, é corpo, é beleza plastica e nao de palavras. Se no processo de formaçao de atriz esta mulher tivesse tido o trabalho de ler um pouco de Deleuze, nao falaria um absurdo assim. Mas pra que, se o que importa pra maioria é dinheiro no bolso? Azar o nosso!

Um verdadeiro desserviço para a populaçao. Obrigado, Globais, voces continuam, dia apos dia, mostrando a verdadeira face da Rede Bobo.

quarta-feira, 21 de novembro de 2012

Note for a Dreamer

Para toda criança, dormir e acordar é uma grande experiencia. Sem memorias, todo adormecer é morrer e todo despertar é um renascer. Elas começam a tomar consciencia deste lapso e muitas se recusam a dormir, apegadas aos fatos que acabaram de viver acordadas. Nao adianta violencia. Precisa que as condiçoes para o sono sejam favoraveis, para que, entao, ela possa entender a apreciar seu descanso. Transformar momentos em cerimonias pode demonstrar a tolice do idolatra, bem como o respeito daquele que sabe a Verdade.


"Quem nao sabe dormir, nao sabe morrer".
Ravi after nap
Voce tambem sabe disso, mas a vida te fez esquecer, porque tornou rotina e porque lá fora existem muitas cores e muitas formas, alem de sons, sabores e cheiros. Quando teu filho adormecer nos teus braços, ve a respiração que nao cessa, ve o corpo sem ação e consciencia atravessado pela unica coisa que nao morre jamais: a vida. E se um dia ele acordar diante de ti, mira aqueles olhos como se fossem estrelas, porque nao tem nenhum vicio do viver, nao tem nenhuma impureza do conhecer e do se misturar, do fazer de conta que. Ali, mora o elo perdido dentro de tantos paralelos iludidos pelo tempo. Maya-Avidya.

O Misterio de Mabila

Todos os quatro estavam jogados num canto, segurando seus poucos pertences. Alguns se agarravam a bolsas, outros a crucifixos, mas Mabila nao tinha a que se agarrar, senao ao rosto imovel do Cristo. A face rigida e inabalavel diante do sofrimento, causa de tantos horrores na infancia, parecia bastante compreensivel naquele instante. Lentamente, afastou-se do grupo e se pos diante do crucificado. A coroa lhe tirava sangue da cabeça, os pregos dos membros, todo seu corpo um martirio sob a pouca luz de velas. Brigida percebeu o sorriso que se formava no rosto de Mabila, enquanto ela tocava os pes da figura, e cutucou Estevao com violencia.

- Esta perdendo a razao...

Estevao sentia carinho por Mabila, uma coisa que lhe esquentava o peito toda vez que a via distante, como uma obra de arte ambulante da qual se espera ficar mais tempo ao lado. Sentiu vontade de intervir, mas acabou refem dos gestos que a mulher oferecia ao idolo prostrado. Mabila soltou os cabelos, fechou os olhos e se deixou abraçar pela vontade de envolver nos braços o material gelado daquela escultura. Algumas lagrimas banharam os dedos comidos pelo tato de terceiros, inumeraveis contatos que sulcaram meios para o gotejar cristalino de uma despedida. Ele sentiu no peito aquele fogo rugir afiado, deixou Brigida e Ramil pra tras e se colocou no caminho traçado pelos olhos de Mabila.

- O que voce esta achando que vai fazer?

- Estevao, por favor...

- Por favor, o que? Eles pegaram o Chip, nao tem nem dez minutos. Voce viu o que aconteceu. Ta ficando maluca? Se eu precisar, vou te colocar amarrada no altar!

Mabila entendia, porque tinha ficado muito claro o que se passava. Seu corpo estava sensivel e aquela paixao desmedida lhe feria o espinhaço. Procurou as maos de Estevao, que as negou de prontidao. Ele sabia que cada gesto se tratava de um adeus. Seu rosto se deformou em sofrimento, as lagrimas nao foram contidas, o corpo caiu em tamanho cansaço e falta de perspectiva. Mabila passou por ele, nao sem antes lhe beijar a cabeça, no topo, onde antes era fragil infancia. 

- Nao se deixe enganar.

Quando fechou as portas atras de si, colocando os amigos em segurança, viu que uma imensa horda de demonios babava a sua espera. Um deles se destacou, belo feito o mortal mais cobiçado de seu tempo na escola, com as cores e formas feitas por um capricho sem precedentes. Ele sorriu, mostrando os dentes perolados.

- Finalmente, mais um desistente. 

- Era isso que voce queria? - ela quis saber, apontando para o proprio corpo.

- Claro, claro, querida, mas, acredite, tem mais do que isso pra mim dentro de voce.

- Mentira.

Ele cerrou os olhos. 

- Como?

- A unica coisa que voce pode ter de mim esta diante de voce. Meu corpo. Mais do que isso, nao pode ser seu. 

- Vou devorar sua alma como se faz com uma fruta madura.

- Impossivel.

- Como?

- Exatamente. Minha alma nao pertence a ninguem. Caso isso fosse possivel, a vida seria uma simples questao de fugir eternamente da sua presen
ça. Isso colocaria em perspectiva a soberania da Criaçao e o poder infinito do Ser. Nao ha nada alem de vida apos esta grossa materia rigida e ate a tua presença nada mais representa que o medo ja sobrepujado em mim. Porque Eu sou o Ser e o Ser é tudo que ha.




Mabila viu tudo desaparecer em pura luz e a partir dali nao se viu mais em si. Brigida viu Mabila ser devorada e quase perdeu os sentidos, caindo sobre as proprias pernas. Ramil estava paralisado, os olhos fixos no cenario onde os demonios se acalmavam, depois de ter desaparecido qualquer sinal da mulher. Brigida arrastava os olhos pelo chao, sentia que vomitar era o mais sabio, mas resistia, ate parar no rosto de Estevao, que olhava o Cristo de boca aberta. Ela avançou sobre ele, sacudindo o corpo com as maos tremulas.

- O que foi!? O que foi, agora!? Hein!?

- Nada, eu nao sei, parecia...

- Parecia o que? Parecia o que!? - ela quis saber, jogando o corpo pra tras, indo ate o Cristo com a violencia de quem quer destrui-lo, for
çando-o para fora da parede ate que sua imagem caisse e quebrasse.

- Parecia que ele estava me olhando. 





terça-feira, 20 de novembro de 2012

Exemplo pratico da Sexualidade Masculina - Kovalam Beach

Estava em Kovalam, fazia ja tres dias, quando alguns garotos que gostam de musica do oeste (estadunidense) e cinema se reuniram ao meu redor. Eles, entao, chamaram-me para ver algo no celular de um dos jovens.

- Come, come. Sit here. I want to show you.
- Ok. What is it?
- Do you know movies? 
- Yes.
- Do you know Suriya?

Claro que eu nao conhecia a Suriya e pensei que seria uma otima oportunidade de me enturmar. Afinal, aquela era uma cena conhecida, bastante repetida entre meus amigos, quando nos reuniamos para falar da mulherada e dos corpos. 

- No. Beautiful?
- Oh, very beautiful. Want to see pictures?
- Yes, show me.

E quao grande foi minha surpresa, alem de um desapontamento mediante as expectativas, quando descubro a identidade de Suriya.

Indian actor
E um deles ainda virou pra mim e disse,
 
- See? Six packs ab.

Pois é, meus camaradas, o mundo nao é um centro latino onde as perspectivas sao sempre de interesse sexual, no sentido do coito. Estes jovens nao sao gays. Na noite anterior, enquanto conversavamos em ingles para os mais novos praticarem, inclusive eu, eles comentavam de suas namoradas, que sao meninas com quem vao casar. A despeito disso, nao se sentem envergonhados em admirar outros homens e de acha-los bonitos, ate porque a beleza é um padrao tabelado, logo, bastante nitido pra qualquer um que quiser ver. Voce pode dizer que este cara acima nao é seu tipo, e ele pode nao ser, perfeitamente, mas voce nao pode dizer que se trata de um cara feio, porque suas caracteristicas estao dentro do que o padrao de beleza internacional demanda. Bem simples.

quarta-feira, 14 de novembro de 2012

Um retrato da sexualidade indiana

Desde que cheguei em Bangalore, percebi que as relaçoes sao bastante nitidas por aqui. As mulheres vivem um mundo completamente diferente dos homens. Sua postura é austera, reservada, quando nao completamente timida. Andam entre si, sentam proximas nos onibus, ocupando um espaço moral que a elas é reservado (alguns assentos depois sao os idosos e mais para tras ficam os homens). Por isso, voce nao vai ver nenhuma menina em Bangalore, ou aqui em Tamilnadu, trocando qualquer caricia com um garoto. Isto fica reservado para os amigos.

WHAT!?

 http://malariousmick.files.wordpress.com/2010/03/holding_hands.jpg

Nao, nao se trata de um casal de namorados, mas de um casal de amigos. Exatamente porque as meninas nao estao livres para interagir com o sexo oposto, esta interaçao acontece entre eles. Braço no ombro, maos dadas, mesmo brincadeiras de se agarrar, fazer cosquinha, deitar junto (no festival em Melmalyanur os caras estavam vendo filme dentro de uma loja, atras de um balcao, como se fossem um casal de namorados, abraçados e se tocando nos braços, barriga, colocando as pernas um por cima do outro).

Obviamente que a coisa nao para por ai, nao fica so na amizade, em todos os casos. Por exemplo, Melmalyanur foi o lugar onde mais vi transsexuais juntos. Sao eles as prostitutas do lugar, sao eles que andam rebolando (homens na India sao quem rebola e tem malicia, a indiana anda ereta e sem swing). Trocam olhares com os homens locais e voce rapidamente entende que a coisa nao fica na amizade pra todo mundo, como tambem esta bem obvio na leitura de uma boa ediçao do Kama Sutra, como a que eu arrumei por menos de vinte reais. As prostitutas, os homossexuais, a zoofilia, tudo isso ja foi praticado e devidamente observado pelos estudiosos.




Uma das pessoas que se opoe, abertamente, a este tipo de conduta que oprime e separa as indianas de uma vida sadia com os homens e com o mundo é a artista nascida no Sri Lanka, M.I.A. Diga-se de passagem, ela estara em uma exposiçao aqui no sudeste da India e, acredito, meu amigo David Bila e eu estaremos la pra arrancar algumas palavras desta pessoa que vem capitaneando uma luta heavy metal contra a injustiça (o Sri Lanka teve sua populaçao Tamil bombardeada, quando ja vivendo em acampamentos, pela simples capacidade de cometer genocidio).

Ah, quando falo de vida sadia, nao estou falando de uma vida de sexo facil, mas da oportunidade de compartilhar informaçoes, de viver uma realidade irmanada pelo interesse de progredir. Nao acho que esta relaçao seja menos saudavel que muita relaçao ocidental, mas com certeza a oportunidade de construir uma vida sem austeridades infrutiferas deve existir para todos os homens e mulheres deste mundo. Palavras podem ser desnecessarias, e na maioria das vezes sao, mas tambem podem construir pontes incriveis entre homens e mulheres.

Obviamente, nao sao todas as meninas que desejam mudar, mas pergunto, como seria possivel desejar aquilo que nao se conhece?

quinta-feira, 8 de novembro de 2012

Sexo - Madana Mohana Murari

Sexo é algo sensacional. Mesmo quando feito sem qualquer fundamento, pela simples vontade de fazer, revela seus poderes impactantes, seja bom, seja ruim. 

Desde moleque, converso a respeito, leio, procuro ouvir o que os outros tem a dizer, ja que se trata de algo muito pessoal. Só se aprende sobre sexo ouvindo e fazendo. Meu primo e eu tínhamos essas conversas no meio do dia, na praia, numa sorveteria, andando pelo shopping, caminhando depois de jogar bola. Era o momento em que ele me falava sobre como era satisfazer uma mulher, seu motivo pessoal, sua experiência com atitudes x e y. Nesta epoca, mesmo antes de fazer o sexo, ja eu imaginava nos poroes da mente um aparato de atividades a que submeteria a minha parceira.

Quando comecei a praticar a coisa, coloquei o que ouvi em funcionamento e tentei ir além. Obviamente, a coisa ainda está em processo e mais ainda consigo aprender com o corpo. O que venho falar aqui está no Vigyan Bhairav Tantra, representando os ensinamentos de Lord Shiva sobre o corpo, o sexo e o prazer. Trazudo, abaixo, um trecho desta obra, pra que você perceba o ouro.

After breath comes in -- that is, down -- and just before turning out -- that is, going up -- THE BENEFICENCE. Be aware between these two points, and the happening. When your breath comes in, observe. For a single moment, or a thousandth part of a moment, there is no breathing
 
 "O benefício está depois da inspiração, um pouco antes da expiração. Fique atento para o que acontece entre estes dois pontos da respiração e o que acontece. Inspire e preste atenção. Existe um momento em que a respiração pára".

Lembra que te disseram que não sabiam por que os franceses chamam o orgamos de petit mort? Simples, porque isso está nas escrituras milenares do Tantra, como percebemos ali embaixo:

Before the breath is turning in or turning out, there is a moment when you are not breathing. In that moment the happening is possible, because when you are not breathing you are not in the world. Understand this: when you are not breathing you are dead; you ARE still, but dead. But the moment is of such a short duration that you never observe it.

"Antes da respiração ir e vir, existe um momento em que nao existe respiração. Voce esta morto, esta ali, mas esta morto. Entenda, quando voce nao esta respirando, voce esta morto. Dura tao pouco que voce nao pode observar" 


O orgasmo é este momento em que voce simplesmente se desconecta do mundo, mais intenso, mais perceptivel. Por isso, "pequena morte". Viver é experienciar sucessivas mortes. O sexo nos possibilita uma realmente intensa, cujas consequências podem ser notadas por qualquer um. Mas acaba aí? Claro que nao, podemos usar a energia proveniente do sexo para fazer um sexo melhor ainda e, mesmo quando se trata apenas de prazer pessoal, como é o caso da masturbaçao, a coisa tem muita serventia pra sua vida. Um exercício pratico pra voce começar o seu dia, baseado nos ensinamentos de Lord Shiva e do excêntrico George Gurdjieff.

- Comece seu dia se masturbando. Não idealize o fato, mas viva-o com a naturalidade de sempre. O diferencial é voce pensar, antes de começar, que vai parar abruptamente o ato. Quando parar, vai deitar e vai concentrar toda a energia para o centro que fica entre as suas sobrancelhas. Não se preocupe, pode ser estranho e fugir ao seu controle, mas no tempo certo voce vai acertar. O instante em que se deve parar aparece como aquele em que "nao tem mais volta", em que claramente voce ja sentiu que esta entregue ao momento de gozar. Neste instante, pare. Interrompa tudo, deite-se e torne-se consciente da energia no seu corpo. 



  
Parceiro, bote fé, seu dia vai ser tao energético, a sensaçao de poder é tao grande, que parece que o mundo vai ser esmagado pelas maos. Incrivel.