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quarta-feira, 27 de fevereiro de 2008

Don't give in without a fight...


... ou do give in, você que sabe. Lutar para quê? Não existe verdade absoluta. Quando se luta está-se sempre lutando por uma causa própria. É importante entender isso. Não existe verdade norteadora, mas consenso, que para ter êxito deve estar abalizado pelo bom senso... mas bom senso não existe, logo, tudo é uma simples questão de decisão. Poder. Não é a toa que todo mundo quer.


O Poder cria Verdades.


Mas não se trata disso a postagem. Devido aos inúmeros pedidos, aos muitos e-mails e cartas que chegaram pelo correio. Graças aos telefonemas que recebi durante todo a madrugada de ontem. Exclusivamente porque conseguimos nos livrar dos processos legais...

Vertú. Ou Vertu. Não sei ao certo. Os caras que fizeram essa obra muito singular são simplesmente o grande baixista de jazz Stanley Clarke, técnico, criativo, inventivo, tocou com Coppeland, Jeff Beck, Al Dimeola, George Duke e por aí vai, coroa bizarro. O Vertu também conta com o baterista jazz/funk Lenny White, outra figura pop do jazz fusion. Rachel Carmel Nicolazzo (wikipedia stuff), pianista premiada e conhecida na cena jazzística; Karen Briggs, violinista versátil (achei bastante sensível a participação dessa mulher) e, ninguém menos que Mr. Kotzen na guitarra, fazendo um trabalho incrível que fundiu, literalmente, tradição e contemporaneidade.

O álbum é ótimo. Não há mais o que dizer. É uma experiência sonora muito inspiradora e vai tocar uns mais que outros, mas com certeza não vai desagradar ninguém (pelo menos qualquer um que não tenha uma cabeça de pandeiro).

http://www.4shared.com/file/39128693/7283fe2e/Vertu_-_Vertu_1.html

e

http://www.4shared.com/file/39132769/46d1a81c/Vertu_-_Vertu_2.html

sexta-feira, 15 de fevereiro de 2008

Às vezes eles voltam...

... dez horas da manhã e eu resolvo postar uma parada. Estou com sono e limito-me a fazê-lo debilmente, pois. Eis, então, aquilo de que se trata.



Psicodelia! Um trabalho assinado por Steve Hillage com ares de adolescente pré-Gong; vi pela internet que os fãs de Canterbury iriam gostar e fui atrás de mais conhecimento sobre o assunto. Pitadas de psicodelia, belas harmonias, letras de uma poesia patética, mas não num sentido desagradável da coisa, a estética talvez seja essa mesmo, formadora de belas imagens; a resultante é uma experiência bastante original para quem está convencionado às tradições populares.

Garden of Earthly Delights começa tudo muito bem, com um duo que não te arrepia a alma, até que chega a uma mais obscura sequência, um solo mergulhado numa atmosfera aparentemente mais densa. O som parece um lamento que persiste numa queda brusca. Azathoth, what the fuck?, você diz. É uma possível combinação de nomes bíblicos por H.P. Lovecraft, que os nossos amigos aí usaram para criar uma música no mínimo sinistra. Queen St. Gang é uma instrumental muito boa, não porque vai te deixar de queixo caído, mas porque te conduz para fora daquela atmosfera bizarra criada em Azathoth. Leg, a seguinte, já torna a coisa mais íntima. Um solão de guitarra bem feito, bem blueseado e estouram os vocais, a levada é boa, deixar-se levar é o mínimo. E tome de mais guitarra em Clean Innocent Fun, mas o clima é todo outro, a coisa desacelera e você já sente novamente o choque, uma espécie de "pára e roda!" . Metempisychosis, novamente, te leva pra um clima inicial de completo estranhamento, mergulhando em silêncio para surgir por mais duas vezes em arroubos instrumentais com uma harmonia muito particular, e termina por te deixar numa sensação de terrível abandono (hahaha).

Acabou. Tchau, Simeon Sasparella (Steve Hillage), tchau, Njerogi Gategaka (Mont Campbell), tchau, Sam Lee-Uff (Dave Stewart) e tchau, Basil Dowling (Clive Brooks).


==> http://www.4shared.com/file/37890711/90c24c56/Arzachel_-_Arzachel__1969_.html

o/

domingo, 10 de fevereiro de 2008

Acordei há pouco...

e meio enfezado. Acho que preciso dar um pulo no sanitário e fazer as pazes no trono. Fumar um cigarro seria legal, mas fico meio bolado porque vou ensaiar daqui a pouco. Fumar dando um barro era uma parada que eu não valorizava, mas hoje em dia está se tornando um hábito. Daqui a pouco vou começar a ler jornal, fazer consultoria pela internet, preparar originais, fazer pedidos ao fornecedor, preparar planilhas... tudo do trono. El cagón!

Dogfeet! Psicodelia, hard rock, progressivo, Dogfeet mistura tudo com bons arranjos, uma pegada que varia entre o sensível contemplativo e o envolvente hardão, em linhas pouco arrebatadoras, mas agradáveis pelo balanço das influências. Confesso que não me seduziu como Jane, por exemplo, até porque é bem diferente, o apelo psicodélico aqui fica com os pés mais ao chão. Li uma resenha em espanhol que o cara diz que às vezes lembra Black Sabbath, às vezes Wishbone Ash. Não sei o que dizer, não agora. Diz você.

A banda britânica, pouco conhecida, conta com Dave Nicholls no baixo, Derek Perry na bateria e Alan Pearse e Trevor Povey nas guitarras e vozes.

A última faixa lembrou bastante algo do Hendrix... porque é um cover de Hendrix. Voodoo Child. Ficou bem legal, devo admitir, embora a energia da música tenha se perdido um pouco. Talvez seja a ausência do Hendrix me condicionando.

Dogfeet - Dogfeet: http://www.4shared.com/file/37334437/e6c44a8d/Dogfeet_-_Dogfeet__1970__part_1.html e http://www.4shared.com/file/37337321/1466792/Dogfeet_-_Dogfeet__1970__part_2.html.

ps: Sim, dividido em dois. E, pô, a parada veio sem os nomes das músicas, mas como eu sou legal, deixo aqui disponível o back do encarte com os títulos, assim vocês podem adicionar e deixar tudo perfeito.

Encarte: http://www.badongo.com/pic/2907714

sexta-feira, 8 de fevereiro de 2008

There must be some kind of way out of here...

... said the joker to the thief

Mas talvez não haja, e aí? Você segura a sua onda? Vai ser consciente ou vai criar um deus na sua cabeça pra poder despejar nele os seus medos, as suas queixas e seus anseios, numa simples relação catártica, que vai resultar com você tendo melhores noites de sono e o mundo continuando por ser a mesma merda, hein? Mas eu respeito sua vontade. Foi mal pela grosseria.

MAs, contudo, porém, todavia, esse não é o primordial aqui

Fãs de Krautrock (roubei a dica do Progarchives, mas não conta pra ninguém, eu preciso parecer musicalmente erudito) vocês vão adorar esse álbum. Fãs de porra nenhuma, vocês mais ainda! Porque seus ouvidos estão livres da poluição teórica e da pretensão que acomete os que se dizem músicos!

Sonzão, cara. Daytime, cara, já começa com chave de ouro a porra do álbum. Tipo, tem uns trechos bastante emocionantes nessa música, cara. O vocal ajuda muito, um timbre grave, que tem alguma coisa de "tira meu ovo da boca pra cantar", mas de uma maneira positiva. Deu pra entender? Solão de guitarra daqueles que vai fazer os caras dizerem, "porra, que feeling!". rs

Try to Find, Spain, Together... todas são muito boas! Spain tem uma introdução bem marcante e toda ela se desenvolve bem psicodelicamente, loucona.

Essa banda é surpreendentemente boa. Não fossem os amigos da Progvacas, a comunidade mais progressiva do Orkut, e a que está dando suporte ao abaixo-assinado pela vinda do Led Zeppelin ao Brasil http://www.petitiononline.com/ledback/, não teria descoberto esse som.

Jane - Together: http://www.4shared.com/file/37290203/c087fdb6/Jane_1972_-_Together.html

terça-feira, 5 de fevereiro de 2008

Going down the mercy street...

Peter Gabriel solo é melhor do que com o Genesis, se bobear. Mercy Street. Red Rain. Viajo. E vai dizer que é pop? Mercy Street tem um baixão irado, solo de flauta, um triangulo marcando no melhor estilo forrozão, rola toda uma ambientação do caralho dada pelas teclas e pelos vocais de apoio...

mas, porra, a parada nem é sobre Peter Gabriel.


Na verdade, eu venho aqui perturbar o silêncio da paz dos senhores pra oferecer esse produto que é de qualidade, não tem data de validade vencida e o camelô garante a satisfação do cliente que compra sempre com a gente. Jack Bruce, o baixista do Cream, aquele que todo mundo conhece de sunshine of your looooooove... então, que tocava com o Eric Clapton e tal.

Nesse álbum, Jack toca com o John, entre outros. John McLaughlin. Não? Nada? Mahavishnu Orchestra? Paco de Lucia? Al di Meola? ¬¬

Enfim, esse álbum de fusion é bom, cara. Curti muito. É mais tradicional que vanguardista, pra mim fica mais na linha do jazz convencional que qualquer coisa. Acho que o Hot Rats do Zappa segue uma outra vertente, pra efeito de comparação, menos tradicional, saca? Se eu estiver falando merda, corrige aí, tem o espaço pra recados lá embaixo.

Não obstante, Sam's Sack/Rill's Thrills e Ballad for Arthur, principalmente, são muito boas. Ageing também é legal, termina bem o álbum, tanto pela idéia quanto pela sensação que fica aos ouvidos quando soa a última e lamentosa nota do sax.

Jack Bruce - Things We Like: http://www.4shared.com/file/36979540/36257511/Jack_Bruce_-_Things_We_Like__with_John_McLaughlin__1970.html

ps: as músicas estão fora da ordem =( foi mal rs

sábado, 2 de fevereiro de 2008

Carnaval In The Free(ak) World!


Keep on rockin' in the free world...


Neil Young disse isso, e nunca achei tão vazio quanto agora. Que porra de free world? Enfim, acho que ele se saiu melhor com Cortez, The Killer.

Só que o álbum disponível hoje não é nada do coroa, mas de uma banda chamada Morly Grey, americanos de Ohio, anos 70, que aparentemente é banda de um bom álbum. Não dois. Nem três. Não gosto dessa crítica extremista, cara, não gosto mesmo.
Enfim, o álbum é cativante. Os instrumentos estão todos em foco, todos responsáveis por grandes passagens ao longo de todo o percurso. Solos de guitarra bem hardão, um baixo que não chama toda a atenção, mas que aparece muito bem jogando aberto, pelas pontas, uma batera no mínimo disciplinada, e o vocal é legal, rola uma tripartição no caso. Não é nada atordoante, de cair o queixo, é algo que fica como a sensação de quando você escuta o Chris Robbinson do Black Crowes, saca? Tipo, "que vocal maneiro... meu vocal favorito? Robert Plant, por que?". E não, não estou dizendo que o timbre de um é igual, ou que lembra, estou falando da sensação de ouvir uma voz que não atordoa, mas que é bem agradável.

A grande verdade é que você vai se impressionar mais com os efeitos e os solos de guitarra, com o baixo e os pratos que soam constantemente como profetas. Ou não.


Músicos: Tim Roller (guitarras, vocais) ; Mark Roller (baixo, vocal principal) ; Bob Naval (bateria, vocais)