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domingo, 24 de junho de 2012

MMA no Brasil: uma febre pra estrangeiro explorar!


     Seguindo a lógica da exploração colonial, o UFC, que pertence à empresa americana Fertitta Entertainment, vem ao Brasil tomar uma grana dos brasileiros, com a mediação de empresários e celebridades daqui. Não estou culpando os lutadores daqui por emprestarem suas caras ao evento, não mais do que merecem, porque sei que aqui, no país, não existe incentivo e investimento. E não existe isso tudo por quê? Porque, justamente, quando você não investe, você deixa espaço pra investimento. Com isso, o governo não gasta e ainda recebe algum, que vem das mãos dos empresários internacionais. Não é sensacional esta estratégia de enriquecimento?


        Por que não pediram a empresas nacionais pra se unir e montar um fundo pra organizar um evento nacional? Por que a Globo, Bandedeirantes, Record e os outros não se envolveram pra criar uma transmissão de peso e com as promoções que sabemos criar? Por que as celebridades não se juntaram pra enaltecer e ajudar a construir um evento brasileiro de porte? Simples: porque todas estas pessoas, aqui, estão envolvidas com a presença do empresariado que vende as possibilidades do país pra empresários estrangeiros explorarem. Rios de dinheiro que deixam o país pra construir padrões de vida, que depois são exibidos na TV como a vida glamourosa das celebridades. É nojento, ultrajante e injusto.




        Falando um pouco sobre o combate entre Wanderlei Silva e o sósia do Jim Carey em Debi & Lóide, Rich Franklin: um papelão de Wanderlei. Ainda que o script dissesse que tudo ali tinha de endeusar o brasileiro (Franklin parecia dever a vida a Wanderlei, no fim da luta, de tantos agradecimentos), a coisa não foi boa pro Wand, como chamavam os narradores. Não porque Rich tenha feito uma luta fenomenal, não, mas porque a debilidade do curitibano era palpável. Uma completa falta de estratégia, uma entrega amadora ao combate, sem qualquer segurança e grandeza. Quem assistiu ao fiasco, ontem, sentiu muitas saudades do grande Rickson Gracie, ex-lutador de MMA, com 484 lutas vencidas, de 486 disputadas.


                                   


        Neste vídeo, dá pra ver claramente algumas estratégias que Wanderlei poderia ter adotado. Viu aquele lance, onde o Rickson enfrenta um cara gigantesco, aproxima-se o suficiente pra tentar um agarrão e conseguiu botar o cara no chão? Não importa que Silva tenha um estilo, tenha um tipo de luta, dane-se, isso tudo vira pó diante de um fato: perdeu pra uma estratégia medíocre, coisa que os Gracie jamais se dignaram a viver em suas vidas profissionais. Salve, Helio Gracie.         

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