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sábado, 31 de março de 2012

fUUUUUUUUUUUUU!


quinta-feira, 29 de março de 2012

de um frango ao outro

O primeiro frango que eu quero apresentar a vocês, meus amigos, é este aqui, que eu comprei na loja do lado de casa, da boutique de carnes B'RIMOS. Os caras vendem produtos árabes, carnes e fazem um churrasco daqueles gregos, no espeto, que fica rodando e se come com pão. Provei o gregão e não dei tanto valor, ainda que o sabor acentuado da culinária árabe me tivesse chamado atenção. Voltei, daí decidi levar o frango. Lá estava ele, dourado, com cara de bastante suculento, e não deu outra.

Frango do B'RIMOS

O bicho ainda vem com uma farofa dentro, que meu amigo, sem brincadeira, é onde mora o segredo das mil e uma noites. Bom demais. Ainda preciso ir lá dar os parabéns pros caras. Vou fazê-lo quando for pegar um outro franguinho desses.

O outro frango é esse senhor aqui, um devasso inescrupuloso, que tem a coragem de ir à televisão e, quando perguntado sobre as leis aplicadas em um contexto muito bizarro, dizer

"O JUDICIÁRIO NÃO FAZ AS LEIS, ELE APENAS AS APLICA":

Como disse meu amigo advogado, Wagner Gomes, esta cavalgadura, que é presidente do Superior Tribunal de Justiça, disse que a lei deve ser aplicada à letra fria, ao invés de sobre ela incidir uma interpretação contextualizada? Que lamentável, minha gente. Nós, brasileiros, estamos sendo governados e chefiados por gente burra, medíocre e sem escrúpulos. AQUI está a fonte, a notícia com as palavras do cara.



Salvemos o Brasil, gente. Vamos extinguir os cretinos e os babacas, principalmente os que estão no poder.

sexta-feira, 23 de março de 2012

Uma grande perda cultural

A morte de Chico Anysio não é só a morte de um dos maiores artistas da televisão e da música brasileira. Ela é a morte do meu pai e a minha morte. Ela é o atestado de que o tempo passa, que não se pode jamais detê-lo, e que este tempo aqui é uma passagem muito rápida e oscilante. Perdemos um grande comunicador, um ator, músico bem humorado, palhaço e caricato, cheio dos apetrechos e dos jeitos de ganhar o público, sentado do outro lado, imaginando e sendo o mundo onde se deitou, por longo tempo, a magia de Francisco Anysio de Oliveira Paula Filho.


Que a tua carne seja matriz de bons frutos, meu bom velho!



"Eles vivem independente de mim"

- Chico Anysio, sobre seus personagens.

terça-feira, 20 de março de 2012

Ronaldo Nazário: mais um câncer do Esporte

Ronaldo disse que nunca entendeu o porquê de concentração e que pra ele sempre foi um desgaste físico e psicológico. Bom, vamos, antes de tudo, falar um pouco sobre Ronaldo como atleta:



Depois de um começo eletrizante, como promessa na Seleção, como ídolo no Barcelona e depois melhor do mundo, Ronaldo se contundiu e seu destino se tornou uma lástima. De grande jogador passou a inescrupuloso empresário, exercendo sua total ignorância como atleta. Um brilho muito fugaz no futebol, que jamais se compararia a Pelé, que foi chama forte por muito tempo. 

O exímio atleta se apagou e o grande imbecil está a solta, rico e com espaço pra falar merda atrás de merda. Podemos explicar a este bípede insatisfatoriamente dotado de massa encefálica o porquê de uma concentração? É mais simples do que você imagina, Ronaldo, tenta acompanhar, senão depois a gente te manda o desenho por e-mail.


Futebol é uma disputa entre vinte e dois jogadores, arrumados em posições, com suas funções, primárias, secundárias, enfim, que se baseia tanto nas capacidades físicas, quanto no talento e na inteligência. Esta inteligência se traduz na relação entre material (corpo) e emocional (mente). A Concentração serve para fazer com que o atleta possa focar em seus objetivos, ou seja, se "concentrar" no que pretendem fazer em campo.

Se a Concentração fosse realmente levada a sério, se o futebol fosse realmente levado a sério pelos atletas, o espetáculo nos campos chegaria a níveis impressionantes. No entanto, muitos torcedores pagavam para ver Ronaldo, o ex-fenômeno, se arrastar em campo com sua enorme barriga peluda. Ou então, um Adriano, na mais pura ressaca da cana que bebia nas festas. É este tipo de modelo que nossas crianças precisam? São estas pessoas que devem estar na televisão, com tanto espaço na mídia pra se expressar?

O QUE ESTAMOS GANHANDO COM ISSO? - e mais importante, talvez,

ESTAMOS TÃO DESESPERADOS ASSIM POR DINHEIRO, A PONTO DE QUALQUER BABACA PAGAR PRA TER TANTO ESPAÇO PRA PERTURBAR AS PESSOAS? 

Pessoas como este Ronaldo são nojentas, verdadeiros parasitas sociais, gentinha que nasceu pobre e venderia qualquer segundo da sua existência pra ter prazeres superficiais, momentâneos. É um deslumbrado, joguete na mão de gente inteligente, um desesperado pra ser algo que jamais será, ao contrário, cada vez mais vai rumo às profundezas da baixeza. 

a idiotia na MTv Brasil é ludacrishit!


Sempre foi pouca coisa a contribuição da MTv pra vida cultural de uma pessoa, mas hoje em dia é baixo e inescrupuloso o jeito com que montam a grade de programação. 

Estava assistindo o programa em que um VJ afetado (e isso não se refere à opção sexual, visto que um gay afetado é tão incômodo quanto um hetero afetado, e a afetação se caracteriza pelo exagero de um comportamento qualquer) apresentava no canal e quase vomitei no pé do meu filho. Não pela afetação do cara, mas pelo conteúdo patético que produzem usando tempo e dinheiro: uma disputa entre Madonna e Lady Gaga.

Olha, digamos que este debate fosse realmente interessante. Sim, porque a resolução dele não implica em ganho algum pra qualquer brasileiro, nem como aprendizado, nem como experiência. Mas digamos que fosse, e tivéssemos que opinar. Ora, é muito claro, pra qualquer bípede sadio, que a Madonna surgiu nos anos 80, procurando a coisa pelo pop rock, mas acabando por abandonar o roll e ficando só com os highlights. Tchau, guitarrinha, olá música eletrônica. De lá pra cá, a cantora embarcou em uma série de melodias fáceis e memoráveis para a cultura que ajudou a fundar. É o ícone deste movimento e fica muito claro, como eu já disse, pra qualquer ser com estrutura esquelética que a Lady Gaga é um resgate de trabalhos já realizados pela Ciccone. O argumento que ouvi, certa vez, foi de que cada geração precisa de sua Madonna. Bom, isso é cretino, né? Gravações são feitas justamente para que as gerações possam trocar experiências umas com as outras, não ficar revivendo as mesmas coisas, como se fosse um maldito ciclo. E tem sido! 

Lá em cima, com a viola na mão, temos a conhecida pelos visitantes daqui, Badi Assad. Em 2006 ela fez este trabalho e, mais uma vez, fez um show. Quando é que a MTv falou dela? Quando é que a MTv pensou em produzir algum espetáculo popular usando todas as qualidades musicais da Badi, que simplesmente massacram uma Madonna em pedaços. Ela e a família dela, diga-se de passagem, colocam o último Rock in Rio no bolso, com exceção ao mestre Stevie Wonder, que deixa um legado maravilhoso na música popular americana. 

Simplesmente não vale nada, esta MTv. É um desrespeito ao brasileiro, que investe grana, que paga pra que estejam ali estes homens e mulheres sem escrúpulos, falando qualquer coisa, sem nem pensar, desesperadas pra serem reconhecidas por aquela imagem popular de VJs. Patéticos e patéticas tupiniquins!

segunda-feira, 19 de março de 2012

Brasil, uma piada medíocre e lamentável


Esta mulher é a expressão do que está acontecendo no Brasil. 


     Um país é seu povo, logo, uma cultura. Sabemos que nossa cultura é formada por distinções, elementos que divergem em muitos pontos, e por lei devem conviver em harmonia, porque assim é o que quer o povo. Estamos falando de CULTURA. Tudo bem? Aquilo que tomamos como particular e que vivenciamos no dia a dia.

     A sociedade é a estrutura onde se deita toda a expressão cultural. Sob as engrenagens sociais é que acontecem toda e qualquer manifestação do cidadão. Por isso que sua segurança é garantida, seja ele judeu, palestino, umbandista, espírita ou o que for. Antes que se aniquile qualquer uma dessas bandeiras, preciso é que se lembre que por trás dela há um ser humano, que é parte integrante de um organismo que jurou protegê-lo até que ele cometesse um crime, de fato. Ser alguma coisa não é um crime. Atentar contra a vida, quebrar regras fundamentais de organização e convivência por pura conveniência, aliciar e violar identidades, física e moralmente, estes são crimes.

     No entanto, este vídeo, meus amigos, mostra um ser humano sem compromisso social. Por puro interesse, esta mulher e outras pessoas inverteram o processo. Antes de serem sociais, de estarem sob o mesmo plano de organização e convivência, colocam-se como seres culturais, que se distinguem dos demais por uma bandeira própria.

     Um lócus político, um lugar onde se discute o mecanismo material para o funcionamento da sociedade, não é lugar para expressões de credo, como esta mulher faz. Ela usa o som de uma instituição pública, de um país DECLARADAMENTE LAICO, usa o espaço na televisão, energia, ou seja, ela USA O DINHEIRO PÚBLICO para fazer propaganda da própria crença.

ISSO É UM ABSURDO.

So fuckin' ludacris I could puke a whole fuckin lagoon on someone's face. Bastards that never had any respect for the people of this country and that are always laughing on everybody's face. The entourage of mother fuckers keep going and we, brazilians, still hope that one day the world will be free of this kind of human. In fact, we are working for it.

domingo, 18 de março de 2012

cruel world, bitch


o prazer é uma conquista


Falemos de prazer, shall we? Os gregos, da época que o guaraná ainda era coisa que só se tomava no pé com a onça pintada, diziam que o prazer não é um resultado certo, o fim de um processo retomável a qualquer momento. É preciso ter condições específicas para que o prazer aconteça, ou seja, meu amigo de fé, meu irmão camarada, você não o ganha, você o conquista. É o que pensavam Empédocles e Demócrito, dois pensadores pré-socráticos, atomistas, que acreditavam na materialidade das coisas, inclusive da alma. E quais são as condições necessárias para que o prazer aconteça no corpo do homem sedento por tê-lo? Heráclito, "o obscuro", era fã das festas. Segundo o livro de Santoro, "Arqueologia dos prazeres", este outro célebre filósofo achava indispensável que o prazer fosse obtido dos momentos especiais, bastante específicos, ao contrário dos que estão sempre procurando por ele no cotidiano.



O corpo tem uma medida, como um copo. Diferente do que acontece neste objeto inanimado, no entanto, os níveis de uma série de substâncias no corpo geram sensações, expressões de um reequilíbrio, no caso do prazer, ou de desequilíbrio, quando dor. A dor pode ser de carência ou de excesso. É mister, então, que pra se ter prazer a gente supra nossas carências. Só que se formos além disso, se deixarmos que uma mentalidade desregrada faça com que o corpo consuma mais do que precisa, este excesso será cobrado no futuro, porque a carência gerada será ainda maior do que aquela que acontece em condições equilibradas de consumação. O queridíssimo Rolando Boldrin, que aquece as manhãs do público brasileiro na Tv Cultura, com muita moda de viola, anedota e piada, além das delícias da vida do homem simples, disse no programa de hoje: "essa aqui é a cachacinha, nossa bebida de origem, e que deve ser valorizada. Mas não deve exagerar, porque senão fica doente". Isso é sabedoria helênica, sabedoria indígena, sabedoria de uma série de grupos que conseguiram descobrir os benefícios do equilíbrio, minha gente.



Isso nos remete à triste situação do crack no Brasil, que vem acometendo uma galera gigantesca. Se você anda pelas ruas dos principais centros, nas principais capitais, vai ver os "zumbis" se arrastando pelas ruelas, com suas latinhas ou copos de guaravita, isqueiros e o olhar fugitivo, de quem já não tem mais nada a oferecer às pessoas ao redor. A esmola de cada dia faz surgir um novo contexto nas urbes tupiniquins: o mecenato do crack. Mais do que sinistro, rapazinhos, isso aqui é um crime grotesco contra a vida. E sabe o que o Governo brasileiro faz com isso? Aumenta o salário dos políticos, aumenta a passagem do transporte público, aumenta o preço da comida, não controla a ganância dos empresários privados, que cobram horrores por entretenimento barato, e faz festa. É, faz festa. Eles colocam alguém num carro de som, cantando e dançando, pra dizer, de vez em quando, "fora crack". É incrível, né?

terça-feira, 13 de março de 2012

Pedro Viral e o Império no Globo


Jornalista sem escrúpulos, comunicador de moral comercial, este homem é o cara que agora há pouco disse em rede nacional

"O único perdão que existe é o próprio"

U-au. Soa bonito, né? É libertador, entra como um sal de frutas, bate gostoso e você na hora sente um puta alívio. "Eu preciso me perdoar". Ok, agora cai no mundo real.


Sociedade: grupo de pessoas que vive em interdependência. Logo, se o único perdão que existe é o próprio, onde fica o perdão que é a representação coletiva das consequências de cada um? No caso, ele se referia a uma atitude de uma das participantes do BIG BROTHER, que teria ficado cheia de culpa. Obviamente que, como todo homem simplório e completamente amparado pelos clichês, Pedro Viral disse que o único perdão realmente era aquele que o indivíduo dá a si mesmo.

Não, meus amigos, esse pode ser o primeiro perdão, mas não é o único, tampouco o mais importante. É claro que ele é fundamental pra que o indivíduo não se acabe em culpa, corroído e enfraquecido por um sentimento infrutífero. Acontece que depois de se perdoar, a pessoa deve ir, de cabeça erguida, e se entregar às consequências dos seus atos, diante das pessoas que vivem sob as mesmas regras que ela e que, no entanto, não agiram como tal. Assim é que se cria GENTE RESPONSÁVEL.

Salve, gran Império da Babaquice!


domingo, 11 de março de 2012

brand me my new bride baby!


Marcas. O que são elas? Corporações terríveis que querem destruir o planeta? Também, mas não é a ideia em sua base fundamental, entende? Assim, as marcas nada mais são do que nomes que sintetizam todo o trabalho de um grupo. Portanto, quando a gente pensa, por exemplo, em ELEGÊ, a gente pensa nos funcionários, nos empresários, em todos os envolvidos por trás de cada produto da marca. Acontece que, no mundo em que vivemos, as marcas também são empresas que fazem de tudo pra enriquecer, e tudo significa muita coisa ruim. Não precisa ser assim, mesmo, sabe? É possível que as marcas sejam o resultado de um trabalho honesto, comprometido com a transparência e focado na qualidade, para assim obter seu reconhecimento em dinheiro.

No caso, eu comprei um molho cheddar deles que quebra muito o galho. Até porque, cheddar, pra mim, existe dois: o do Mcdonalds e os demais. Esse é um daqueles demais que não te enjoa, não tem gosto de maisena ou farinha de trigo e nem é sem graça. No entanto, sempre penso que ainda existe um cheddar realmente gostoso a se comer, em algum lugar pó aí, além das porcas máquinas do Mcdonalds. Peguei esse molho e joguei sobre uma massa que minha mulher fez, onde já havia outro molho – o de tomate. Sim, ela havia temperado o molho QUERO com alho fresco e estava uma delícia. Terminei a coisa jogando um pouco de orégano e queijo parmesão para dar o tcham. Olha aí o resultado.



Marcas são como nomes de música, como um grande carro-chefe para o espetáculo que vai vir, e também o desfecho que gera a vontade de retornar, que fica na memória, a chave do resgate. E um trabalho que devemos celebrar é a existência de um dos maiores álbuns da música brasileira, o grandioso Milagre dos Peixes, fabricado nas sendas criativas do mestre Milton Nascimento. Não conhece o Milton? Claro que conhece, cara, porque você já ouviu alguma coisa do Clube da Esquina, um dos trabalhos mais consagrados da carreira do cara, também do Lô Borges, do Beto Guedes, do Flávio Venturini. Coisa finíssima. Nunca ouviu? Dá uma sacada, de leve, e se emociona, vai atrás e se transforma.




Elegê e Quero são marcas que, como todas as outras, deveriam assumir o compromisso de estar sempre a par, senão financiando pesquisas, para tornar seus produtos menos prejudiciais à saúde quando consumidos em larga escala. Esse é o sinal da preocupação da empresa, da marca, com seu cliente, seu fiel seguidor, aquele que dá seu dinheiro e espera apenas a qualidade naquilo que está comprando e que vai consumir. Quando as marcas assumirem os valores que nós queremos passar aos nossos filhos, principalmente o de amar ao próximo, teremos um capitalismo menos nocivo, mais competitivo e gostoso de se explorar, porque mais honesto e transparente, mais cheio de vida no fim das contas.

sábado, 10 de março de 2012

someday I'll be saturday night




Bom dia, Sábado!


E não dá pra esquecer da galera do lado de lá.


sexta-feira, 9 de março de 2012

violência é ciência da indecência

Não basta só dizer que um homem não deve bater numa mulher, precisamos de políticas mais animadoras quanto à punição de caras que passam dos limites. Em verdade, é um desafio que transcende o gênero, está afetando a todos e precisa ser atacado na raíz: a Educação. O que é educar? Não se trata de preparar crianças para fazer provas, acumular conhecimento para o desempenho cego de uma função infrutífera, mas de construir pessoas capazes de lidar com tudo aquilo que, para as antigas gerações, era problema.

A ira é algo que está no homem, é inerente, uma resposta do corpo a uma interpretação bastante pessoal, mas cuja mensagem é bem clara: reaja! Acontece que é justamente na interpretação da mensagem recebida que está o problema. O homem que se deixa possuir pela ira está, muita vez, ignorando todas as variantes que transformariam sua interpretação para justamente cultivar o sentimento de raiva exagerada, que não demora a explodir em agressão física. Obviamente, não levo em consideração os sádicos de carteirinha.



É preciso ter em mente uma coisa: ninguém pertence a ninguém. Se isto for esquecido, faz-se de um carinho uma escravidão. Se ninguém pertence a ninguém, logo, não há laços de obrigação, no máximo, obrigações morais. Quando essas obrigações são esquecidas, ainda assim, nenhuma violência se justifica. Aquele que se sente prejudicado, se não consegue suportar o que lhe passa, deve se afastar e como reação oferecer apenas o desprezo e, no máximo, palavras que façam jus a seus sentimentos. Aquele que não é quisto, por compromisso com o amor próprio e, principalmente, com a liberdade do outro, deve se afastar, ou sofrer as consequências por perseguição e distúrbio da paz. 



O que me preocupa são os que não têm qualquer limite e nem mesmo temem as leis. As autoridades não tomam medidas muito eficazes, quando alguém as procura anunciando que está sendo perseguido e importunado. Quase sempre, o que se ouve é que nada pode ser feito, já que nada foi realmente feito por parte do suposto criminoso. Importunar não é crime. Então, ocorre um crime. A morte é inevitável. As autoridades olham para o caso com cara de, "a gente não podia fazer nada", e eu me pergunto:


Com todo o dinheiro que temos investido na forma de impostos, com tanto tempo para os cientistas da polícia desenvolverem planos e estratégias novas, para avançarem na concepção das medidas de segurança, e ainda deixamos que nossas mulheres morram na mão de covardes claramente perigosos? Até quando vai acontecer está crônica de uma morte anunciada? 

quarta-feira, 7 de março de 2012

as últimas férias no sítio




se um rasga-mortalha passa em cima de casa
diz minha mãe que é morte anunciada
"o grito desse bicho pára o coração"
falava ela com muito jeito

os netos montavam a guarda nas janelas
armados de estilingues e pedras
com as caras queimadas pelo sol direto
que vinha do horizonte sem nuvens

grandes expectativas enchiam os peitos
pequenos dos jovens sentinelas
que aguardavam pela chegada do trovão
aquele que salvava o avô

"rasga-mortalha não gosta de chuva, não
vem já pra cozinha merendá
que o vô não tá passando nada de ruim
lái vem ele na linha do trem!"

um dia eles cansaram de tanto esperar
saíram de férias por aí
foram se banhar nos lençóis do Maranhão
o bicho passou numa segunda

cedinho

domingo, 4 de março de 2012

primogênitos egípcios


às vezes, penso no destino tão certo
também naquele sentimento materno
que um dia tiveram os primogênitos do Egito
é um instante de calafrio na espinha
sempre que imagino as cenas daquela sina
que passaram as crianças primogênitas do Egito
os irmãos curiosos pelo acontecido
e todas as noites que passaram no ninho
que pertencia aos primogênitos do Egito

pela manhã uma grande fogueira
ardendo ao pranto de tantas mulheres
que tiveram suas crianças primogênitas no Egito
por tão breves momentos do tempo
como os pais cansados pelo eterno castigo
 que caía feito cinza no vento em viagem pro Nilo

muito pior que a peste
e toda a fome
foi a morte dos filhos dos homens
a medida do sacrifício
um infanticídio frio e calculado
como último aviso

de que não haviam mais deuses no Egito



Jackson, Mississipi? Uma referência

Dois filmes na sequência me falaram sobre Jackson, Mississipi, de suas maneiras bastante diversas e tão familiares. Falo de Milk, a história do ativista do movimento gay, Harvey Milk, e o indicado ao Oscar, The Help, ou Histórias Cruzadas, como bem entenderem. Dois grandes trabalhos? Não, infelizmente. Boa caracterização do Sean Penn, mas é isso, e só. Sem brincadeira. É encheção de linguiça, total, mais do mesmo, perda de tempo.

O verdadeiro Harvey, aqui:


Se você vai perder tempo com Milk, então assista Filadélfia, com Tom Hanks e Denzel Washington. É melhor, desde o roteiro até a trilha sonora. O caso de Histórias Cruzadas é o mesmo. Se vai desperdiçar algumas horas vendo algo, então assista  A Cor Púrpura, que é melhor do roteiro à trilha sonora. Pois é, bem assim. Muito alarde por nada, ao redor desses filmes.

Conclusão: cumprem sua função social e só.É legal ver como o Harvey conseguiu instigar uma série de americanos homossexuais a se juntarem por uma causa. O movimento começava a tornar a opção sexual uma bandeira política, primeiro pra evitar as injustiças, depois, pra conseguir jogar politicamente com os empresários do Governo. O erro dele, na minha opinião. Manipular pessoas utilizando a força do movimento, o poder de voto, pra conseguir mais e mais e mais...


Ambos os filmes falam de Jackson, Mississipi. Em Histórias Cruzadas, é palco da tragédia, enquanto em Milk, um dos roteiros do seu ativismo. E por quê? Porque o sul dos EUA é um lugar sinistro no quesito preconceito. É lá que sempre atuou, com seus ar campesino, a KKK. No mais, não vale tanto a pena, assim, vai por mim. 

sexta-feira, 2 de março de 2012

E os Mórmons!?


Esse é um clássico da internet. Este vídeo atribui aos Mórmons a crença em uma série de coisas absurdas, dentre elas a cor escura da pele como marca de uma maldição, cuja origem estaria numa vida pré-terrena, quando alguns seres não tomaram qualquer posição na luta contra Lúcifer. A negritude dos seres terrenos é a marca da neutralidade de seus ancestrais espirituais.

Será possível que a galera realmente crê nisso? É absurdo demais que se considere uma diferença de pigmentação como produto de uma maldição. Na boa, em pleno século XXI?

O que eu vou fazer é procurar um Mórmon e vou perguntar a respeito. É, vou arrumar uma entrevista com um e procurar saber sobre essa estória e outras ainda. Não devemos lançar críticas pesadas antes de saber se a coisa confere ou é só um sensacionalismo da internet. Alguém conhece um Mórmon pra me indicar? Claro que precisa ser alguém mente aberta e paciente, sem rancor e orgulho ferido ou todo cheio de não-me-toques. Impossível lidar com gente assim, pra qualquer coisa nesta vida.

Joseph Smith with his guests for brunch

Essa coisa toda parece fantasia barata, entende? Desculpem os fãs do José aí, mas eu não consigo engolir essa balela como uma coisa que orienta a minha vida. A minha vida se orienta pelo amor ao ser humano, como forma de amor a mim mesmo, amor ao ambiente, amor a tudo que vive e existe, porque quem quer algo, planta esse algo, não espera cair do pé. O amor encanta, gera mais amor, que é retribuição, e assim a sociedade se desenvolve de uma forma sadia e cooperativa. Não preciso de fenômenos espirituais bizarros, líderes oniscientes ou deuses todo-poderosos para viver algo bonito e próspero. Sinceramente.

Inquilino inadimplente ainda te rouba?


Odeio as brincadeiras que os gnomos fazem. Quero dizer, você está ali, com alguma coisa na mão, um objeto importante, mas que não é o foco da cena. Os desgraçados percebem e quando você o deixa em um lugar, já era, eles simplesmente tomam e somem. Só devolvem quando querem. É irritante estar à mercê de tamanha sem vergonhice. Não tem como controlar esses cretinos, já que vão e vêm conforme desejam. Não há lei que os proíba de vir, nem uma que os impeça de ir, já que o trânsito de tais criaturas está acima dos reclames do povo. Ser gnomo é inconstitucional!




Capitão Nascimento se pronunciou mais cedo, dizendo que o Batalhão já tem de chegar abrindo fogo. Agora há pouco, depois de um boom na press internacional, os conservadores americanos já dizem que os pequenos safados têm aquela aparência e não é à toa, com as longas barbas espessas e a sobrancelha grossa. Notavelmente, têm uma índole arruaceira e incapaz de se comprometer com o projeto social da família, que visa ao bem-estar de toda e qualquer pessoa sob as leis de Deus. Assim disseram alguns Mórmons. O país está dividido em criar condições pra que um conjunto habitacional seja construído, no interior da cidade, pra que essas criaturas vivam por lá, ou então promover uma chacina de proporções astronômicas e varrer esta raça da face da terra.



Fui em busca de informações sobre como negociar com meus adversários. Jamais tentaria contra sua integridade física, ainda mais sabendo que o Rei dos Duendes é o David Bowie, e ele mantém relações muito estreitas com os gnomos, segundo consta dos tablóides. Por sorte, minha amiga de terceira série sabia o bastante sobre os diminutos. Ela estudou esoterismo com a avó por vários anos e desde então entrava em contato com os caras, quase sempre que precisava de um favorzinho por baixo dos panos. Disse que não tinha nada melhor pra conseguir a atenção de um gnomo que algo doce ou alcoólico. Se for os dois, então é batata. Pensando nisso, deixei sobre a mesa um singelo cálice de vinho, que na minha cabeça dá pra um porre legal pra um homem daquele tamanho. Espero que ele traga logo o que é meu.

quinta-feira, 1 de março de 2012

nasceu Alberto e morreu Maria!


Acabei de assistir Albert Nobbs. A beleza do filme está excessivamente concentrada na personagem de Glenn Close, de maneira que se acompanha esse ser trágico rumo a um doloroso fim, como de costume. A tensão que existe entre a jovem de quatorze anos, estuprada e abandonada debaixo de uma escada, e o garçom de idade que economizava pra comprar uma tabacaria explode quando Albert bate a cabeça fatalmente contra a parede, depois de atacar o agressor da mulher que havia escolhido para fazer parte de seus planos ideais. Sua valentia era a certeza de uma escolha, abandonar o vestido pra sempre e se tornar um homem de família. Infelizmente, a constituição física de uma frágil senhora fez de Nobbs uma vítima. O lesbianismo aflora totalmente diferente do que se vê na mass midia, com aquela sensualidade teatral e uma lascívia digna de entorpecentes. Em Albert Nobbs, ela surge, por um lado, como fruto de uma cumplicidade, e por outro, como projeto ideal de vida, sem o estigma da sensualidade barata, sem a sombra do erotismo vulgar.

Nobbs é uma máscara interessante da humanidade


E falando em vulgaridade, vai um alô pra rapazeada boa de bola: fica longe desse crack, molecada, que dá pra ver que o barco afunda muito rápido. Os grandes centros estão cheios de viciados, cada vez mais, dos mais pobres até os filhos da classe média. Todos se acumulam nas ruas esquecidas pela polícia, na maior parte do tempo, e se refugiam em tragadas de um prazer corrosivo e humilhante. Vão-se os dentes, o cabelo, as roupas, a higiene, os objetos pessoais e a dignidade, por fim. Tudo por causa de algumas tragadas em um lixo químico, que faz de mamíferos sadios um bando de zumbis nas cidades cheias de merda. Não experimentem, porque não parece, em nada, positivo. Se tivesse algum ponto realmente interessante na coisa toda, tenho certeza que ele estaria sendo comentado como acontece com a maconha, com o LSD e até as atuais "drogas legais". Mas não tem. As pessoas simplesmente começam a viver em torno da pedra e definham até a morte. Por favor, né, tem tanta coisa boa pra fazer nesta vida, e vai se matar tão rápido por causa de um veneno que colocaram aí pra que você se torne mais um na estatística de desesperados falecidos? Ninguém está falando em abstinência, mas há alternativas pra se ter prazer, e muitas podem ter os danos eventuais amenizados por boa alimentação, exercícios físicos, uma vida feliz e consultas regulares com seus médicos. Equilíbrio e atenção com as toxinas e venenos, isso faz a diferença total e não deixa sua vida um porre.



Falando em porre, que vontade de tomar sex on the beach, manja? Aquele drink bicha, que leva suco de pêssego, licor de cassis e vodka. Não é isso, Amaury Junior? A galera da sucata faz com suco de laranja, groselha e vodka, o que também é irado, o tipo de coisa que eu me amarro em beber. Não curto destilado puro, tanto assim, a não ser Tequila, mas adoro esses drinks. Uma vez, fui com alguns amigos em uma Casa aqui em Curitiba, o James, e descobri que os caras fazem uma caipirinha boazinha de morango. Aqui vai a minha receita pra você:

Caipiranha de Morango

6 morangos grandes
4 folhas de hortelã
25 ml de de Keep Cooler
2 doses e 1/2 de vodka 
2 colheres de sopa de açúcar

Você pode colocar açúcar mascavo, se quiser, e também, se tiver cereja em calda na geladeira, dá pra colocar um pouco dela, mas não se esqueça de diminuir o açúcar, se for usá-la. Joga na coqueteleira com gelo moído, dá aquela agitada venenosa e sirva pros amigos.