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terça-feira, 28 de fevereiro de 2012

Doce Ilusão


Bom, não é de hoje que a galera vem falando que o açúcar está no top 5 dos inimigos do povão, mas é com a leitura daquele livro do Doutor David Servan-Schreber, sobre o qual fiz um post recente, que eu tenho me aprofundado na malignidade da coisa. Por isso, vou colocar aqui alguns comentários e dicas pra substituir este vilão na sua alimentação, o que vai contribuir bastante pra uma saúde porradona. Claro que você pode ignorar tudo isso, mas os estudos e as estatísticas médicas falam há tempos a respeito dos níveis de insulina, os picos glicêmicos como uma grande rasteira na vida do indivíduo. Câncer e diabetes não te anima a desistir desse suicídio lento? Pois, simbora!

Um dos erros comuns de uma pá de gente é achar que açúcar refinado é açúcar branco. Pó pará, pó pará, meu amigo, porque refinamento é o processo que transforma a matéria-prima naquele açúcar que se adiciona às coisas: o mascavo, o branco, os xaropes de milho e cana de açúcar, o açúcar de beterraba. Pois é, tá transtornado? O mundo caiu? Você tava gastando uma grana no Mundo Verde, achando que tava o pimpão da saúde, e agora descobre que andava numa mesma merda, só que alternativa? Pois é, acontece, e isso é viver o capital e a falta de escrúpulos da Publicidade. Hakunah Matata.





O que o Doutor David, no seu livro, nos oferece como alternativa pra uma vida sem açúcares monstruosos é toda e qualquer substância que não dê aqueles picos de insulina. Outros açúcares. Quais seriam? Ele cita quatro:
- açúcar de coco
- xilitol
- mel de acácia
- xarope de agave

Segundo ele, estes açúcares não agridem muito seu corpo e não deixam sua vida tão amarga. Ui, que drama, né? Mas é para que se tenha uma vida mais funcional, sadia e longeva, com horizontes mais amplos que míseros sessenta anos. Você pode encontrá-los em casas especializadas, de produtos orgânicos, naturais, e claro, ainda são opções mais caras e não estão à disposição de todos, como quer o capitalismo burro e babaca que vivemos. Sabia que o homem passou do consumo de 5kg de açúcar por ano para, no século XX, 70kg do mesmo açúcar no mesmo tempo? Fruta que pariu.

 Se começarmos logo, e se educarmos nossas crianças, rapidamente eliminaremos os problemas que os maus hábitos nos impõem. Por exemplo, a revolução na conservação dos alimentos, o abandono dos nitratos e da salgadura, as temperaturas frias, ajudou a erradicar, praticamente, o câncer de estômago, em pacientes não fumantes, claro, desde 1960. O que isso quer dizer? Que fatores ambientais agem diretamente no desenvolvimento desta doença terrível.



O QUE SE COME É O SACRIFÍCIO OFERECIDO À VIDA QUE MORA INGÊNUA DENTRO DE VOCÊ

segunda-feira, 27 de fevereiro de 2012

planos panos e geringonças


Aulas particulares de inglês. Minha opção pra 2012, enquanto professor. Para tanto, já dei uma boa olhada no que preciso pra ter eficácia com a proposta de ensino: combinar as estruturas gramaticais a uma série de temas interessantes, de modo que pratiquemos a leitura, a escrita e a construção contextualizada de estruturas comunicativas e seus desdobramentos. Agora, preciso comprar uma boa gramática, que neste aspecto estou defasadaço. Sim, uso a terminação "aço" como sufixo para construir a intensidade, como muitos bons cariocas.





Na profissão, não é incomum nos depararmos com os Cansados. Sim, são os educadores que já nasceram de saco cheio pra coisa toda. Nas segundas-feiras, são aqueles de cara amarrada, lamentosos pelo fim de semana. Nas sextas, são os mais entusiasmados, porque está chegando o fim do suplício. No início do ano, querem toda a programação dos feriados, pra inclusive tentar encontrar possíveis emendas ou datas esquecidas pela coordenação. No fim do ano, reclamam diariamente até que chegue a última semana, onde lhes volta a cor e a simpatia. Gente desprezível, no aspecto profissional.

Acho que a felicidade é o objetivo da vida. Os vícios, normalmente, são felicidades sem base, instantâneas, evanescentes em sua natureza fugaz. Por isso, não falo desta felicidade. Falo da felicidade que tem um porquê feito na raça, que está bem fresco na memória e se estende por muitos metros dentro do perímetro onde vivem as pessoas que se gosta. Então, meus amigos insatisfeitos, será que vale a pena levar isso adiante? Não é ruim só pra vocês, mas pra quem está pagando, também, concordam? Vale a pena dar uma parada, refletir sobre a vida, não daquela maneira leviana que as revistas e programas de televisão ensinam, mas de uma forma responsável e coerente, e tentar encontrar alternativas pra que esse tempo entre o seu nascimento e a sua morte sejam realmente anos de muita fortuna. Não tenha medo de falhar, tenha medo dos limites, transforme o medo em combustível e devore as suas fronteiras. Lembre-se, sempre que precisar de um apoio moral: VOCÊ VAI MORRER E TUDO ISSO VAI ACABAR. Se a diversão não vier agora, meu velho, acha que ela vai vir depois? ACORDA!



ROMPA OS GRILHÕES DA TRISTEZA E VÁ VI-VER AO SOL DA ALEGRIA.

sábado, 25 de fevereiro de 2012

Um post que poderia ser etílico


Sociedade. Pessoas que trabalham pra ter o direito aos recursos naturais, cuja propriedade é do Estado, garantida e vigiada pelas polícias.

Estado. Pessoas que, com o advento do capitalismo, possuem condições financeiras para exercer o controle dos recursos naturais e do progresso em troca de trabalho vindo dos escravos do Mercado.

Escravos. Pessoas que, mesmo com todas as mudanças ocorridas no mundo, ainda trabalham em troca de sobrevivência, não possuem voz além do que lhe permitem e são obrigadas a cumprir as leis do Estado, na mão das polícias, ou execução.



É isso que a gente quer, mesmo, como realidade pro nosso mundo? Será que em pleno século XXI, meus amigos, a brincadeira não pode ser mais divertida, mais complexa, mais produtiva do que esse simplório jogo de força bruta dissimulada? É incrível como mesmo os que estão no poder ainda não se cansaram desta brincadeirinha besta de explorar muitos em troca da boa vida que levam. Sinceramente, é muito café pequeno pra tantas gerações.
Penso que as pessoas deveriam tirar mais o dedo do umbigo e sair por aí fazendo mudanças. Promova alterações significativas na sua vida, na vida da sua rua, do seu bairro. Somente a associação entre as pessoas pode mudar o drama que o capitalismo causa, que é conseqüência desta falta de valores éticos e da contínua e maciça propaganda do individualismo. Seja honesto, pra que você possa fazer alianças honestas e realmente lucrar com o suor do seu corpo e a beleza das suas ideias.
O Mercado assusta, mas só devora os que se apavoram. Tá com medo por que seus cosméticos tão aí parados, né? E por que não aproveitou aquela sua amiga massagista, se associou a ela, e começou a juntar os benefícios de um com o outro, combinando resultados e cativando clientes? Um bom creme só precisa de boas mãos pra despertar a curiosidade da pessoa, principalmente se tiver um aroma agradável e uma ação transformadora de fato. Muitas vezes, amigo, seus vizinhos de porta podem fazer com você uma puta empresa, no entanto, o que sucede? Nada, porque um aprendeu que o outro que fique no seu quadrado. QUADRADO? Acorda, mané, que porra de quadrado o quê.
A sociedade é uma teia onde cada passo dado reverbera no contexto e se propaga feito uma virose pra todos os cantos. Nada fica "na sua", porque a estrutura da organização em que nos juntamos é esta merda que está sempre tendo suas reações em cadeia. Saia dessa, não entre numa de que você vive sua vida e isso não diz nada a ninguém. Essa é a maior mentira que existe.

SUA VIDA NÃO SÓ DIZ, MAS FAZ UM BOCADO DE COISA PRA UMA CARALHADA DE GENTE. O TEU SILÊNCIO NÃO É SINAL DA TUA AUSÊNCIA, É A CONSEQUENCIA DO TEU DESPREZO.



"Quando você vira a cara ao cracudo, ele vira a cara ao homem ao volante, que vira a cara ao absurdo de ver o próprio sangue transformado em luxo. Nesse instante, a culpa é do mundo."

- Johnny Pintudo

sexta-feira, 24 de fevereiro de 2012

opção de R$1,90 salva a noite


Provei essa parada. Gostaria de tecer um comentário mais acertado, mas devo admitir que eu não segui as instruções à risca. Eles mandam jogar no microondas congelado, ainda, e eu já o tinha comprado descongelado. Ficou meio borrachudo, mas valeu mais a pena que os cheesesburguers do McDonalds, que são caros pra cacete e não têm gosto tão melhor. Ou seja, o "Sanduba" da Perdigão tá valendo pelo preço.


OUVIU, PERDIGÃO?

A gente não quer só comida, por isso, se vocês aí da empresa começarem a cobrar três, quatro, cinco reais neste Sanduba, como é que fica o resto dos nossos desejos de consumo? Tem que aprender que vale mais vender pra ganhar na quantidade. Pensa bem, Perdigão, uma das coisas mais tradicionais do Brasil é a molecada sair pra beber e voltar de madrugada pra casa faminta, alguns semi, outros completamente alcoolizados. É normal que se busque os podrões, mas também as lojas de conveniência. Eu paguei R$1,90 pelo meu Sanduba de X-picanha. Achei um preço justíssimo e, se eu voltar pra casa faminto, vou passar numa loja dessas e comer uns três.

Invistam em propaganda e distribuição, pra tradicionalizar a coisa, mantenham os preços acessíveis e lucrem com a quantidade. 



Eu fico puto com essas marcas de fast food cretinas que, quando estão no auge, com várias lojas e muitos clientes, aumentam os preços. O Subway tinha preços ótimos, pra lanches e sobremesa, mas com a proliferação das lojas, tudo ficou pelo menos duas vezes mais caro do que quando eu estava no terceiro ano do colégio. A mesma coisa aconteceu com a casa de massas Spoletto, que vendia um prato bastante em conta, e hoje cobra quase o triplo pra uma quantidade que, sinceramente, parece ter diminuído.

A falta de highlights sobre uma marca faz toda a diferença. Veja o Giraffas. Com menos de dez reais você come um baita prato de comida. O lanche não é nada demais, bem sem estrela, mas a comida vale muito a pena quando se está precisando matar quem te tortura. Só que o campeão de comer em conta, desses fast foods, ainda é o Habibs. Verdade seja dita, é farinhento e pode trazer uma azia desgraçada, mas não machuca o bolso. Claro que eu tô falando das esfirras, porque eles têm charutos de folha de uva recheados, coalhada seca. O lance é que os quibes podiam ter um tcham a mais, pra além do recheio, manja?

O segredo do Brasil é muito simples. PERDIGÃO, contrata eu, que a gente fica rico.

O rock do interior do Brasil


Você conhece Sá e Guarabira? Do you know them? Não? Ih, então, vamos fazer uma viagem até os idos de setenta, quando mais um personagem fazia parte dessa estória incrível que vamos narrar sobre o ROCK RURAL BRASILEIRO. Sim, o nome parece bizarro, mas dá pra entender quando a gente mergulha numa grande obra de três grandes músicos que andavam gravando juntos: Sá, Zé Rodrix e Guarabira, que em 1972 gravavam "Passado, Presente e Futuro", o mesmo ano em que Milton, Lô, Flávio Venturini e companhia colocavam pra fora o "Clube da Esquina". O Brasil era uma festa de violões e grandes vozes, neste princípio da década.



Acontece que a vida levou Zé Rodrix, engoliu sua forma humana e transformou-a em parte de tudo isso que nós chamamos de natureza. Ficaram Sá e Guarabira, dos quais, devo dizer, fiquei muito tempo sem ouvir falar. Neste ano de 2012, no entanto, eis que surge a grande oportunidade de ver a dupla cantar no Festival Psicodália, que acontece todo carnaval na Fazenda Evaristo, próximo a Rio Negrinho. E lá fomos nós, em bando, um grupo de amigos vindo de quase todas as partes do Brasil, rumo ao que seria uma série de shows iradíssimos. Dentre eles, A Bolha, outra banda setentista brasileira, só que mais pro Hard Rock, e o ilustríssimo Paulinho Boca de Cantor, que nos brindou com alguns sucessos dos Novos Baianos.


O show foi muito bom, e esse trecho acima dá só uma ideia do que foi a experiência de ver esses grandes nomes da música nacional em atividade. E quem é que estava lá no baixo, fazendo as vozes mais altas, com uma energia que cativa todo e qualquer espectador apaixonado? O grande Pedrão, da extinta Som Nosso de Cada Dia. Quê? Você não sabe quem é o Pedrão e o Som Nosso? Ih, cara, então fica de olho aqui, que em breve eu coloco um pouco sobre essa e outras bandas brazucas animais.



AQUI  você dá uma ouvida no "Passado, Presente e Futuro". 

quinta-feira, 23 de fevereiro de 2012

E se for o fim do mundo?

Imagina se for o fim do mundo, segundo consta do Calendário Maia? Este 2012 promete ser o ano, já que estamos todos na expectativa para o fim dos tempos, os últimos dias das nossas vidas. Como pergunta Moska, o que você faria diante deste fato?


A musa da música pira o cabeção e faz o pandemônio na cidade. Abre o hospício, tranca a delegacia, explode carros, pára o tráfego e ainda ri na cara da galera. A carnavalização, da qual nos fala Bakhtin, é justamente essa quebra das regras, das hierarquias, de tudo que promove a harmonia social cotidiana. É uma celebração ao prazer e ao momento, aquilo que se apreende no instante da experiência, sem pensar que um futuro virá. A diferença é que no carnaval, a certeza do retorno é grande, mas em Melancholia, a coisa é mais intensa.



O fim, aquilo que é breve, o espaço da destruição, é elevado ao quadrado na obra de Lars, porque ao contrário do carnaval, não haverá um novo recomeço pra sua musa desesperada. É uma crítica linda aos alicerces da razão, baseados em todas as convenções sociais, completamente alheios ao fim, anunciado ou não, iminente, porque estamos todos à mercê do caos universal. A irmã centrada, que tinha todas as certezas e projetos, é a que se desespera e quase perde o controle. Aquela que não tem vínculos, que vive intensamente seus momentos, que não parece ter qualquer vontade de futuro, é a que traz o conforto diante do final irrevogável.

 É uma roleta-russa. O próximo pode ser você. 


"IT'S THE END OF THE WORLD AS WE KNOW IT
AND I FEEL FINE!"

- R.E.M.


E você, meu amigo, o que você faria?

Compras? Mataria seus inimigos? Daria uma festa pra eles? Agarraria todas as mulheres pelo caminho ou se mandaria pro fim de uma floresta, pra esperar a morte com os índios? O QUE VOCÊ FARIA?

quarta-feira, 22 de fevereiro de 2012

sob a sombra da cananga


na trama os gritos se misturam aos bichos
o sol queima o pasto onde caminhava o grilo
que há pouco viu o esqueleto de duas aranhas
esmagados pela sola da sandália havaiana
de uma menina com no máximo cinqüenta quilos
a olhar as pessoas com os desejos do espírito

tinha respingos d'água nos ombros e cílios
sem pressa

não estava certa se aquilo era real ou delírio
mas ultrapassava os limites do curral com firmeza
a pés que não tinham a aspereza das ideias
que riscavam a terra no alfabeto da experiência aberta
como quem deixa uma carta antes do suicídio:
"aqui estão os melhores anos da minha existência"

vestia a canga lisa e marcas de nascença
no passo

levantando poeira com os pés no batuque
que emerge da terra artificial
as luzes confundem a turba que grita e pula
cujo pranto e o suor dividem o sal
as pedras é que sabem sob as caras nuas
refletidas na lama e no caos da bagunça

minha e sua a esperança na dança de ser
eterno







- Psicodália feelings

sexta-feira, 17 de fevereiro de 2012

Ricardo tem cheiro de merda...

O Brasil é aquele país muito simples de entender, como sempre digo aqui. Uma terra vivida por nativos, que foi tomada na marra por uma aristocracia real e depois passou pras mãos da burguesada, que já tinha casamentos titulares com a realeza e com ela se confundia (tudo que um burguês quer, é se tornar realeza). Em todo caso, essa grande merda aqui sempre foi terra pra alguém com boas relações vir explorar financeiramente.

no mínimo, uma figura obscura das mamatas brasileiras

A reportagem do canal UOL fala a respeito de um depósito feito por Sandro Rosell numa conta de Ricardo. E quem é esse molho Rosell aí?

"Rosell é sócio da Alianto, a empresa que recebeu R$ 9 milhões do governo de Brasília, sem licitação, pelo amistoso da Seleção Brasileira contra Portugal, em 2008."


- Blog do Juca


E quanto foi que o cara depositou na conta, não do Ricardo, como eu disse, mas da FILHA dele? TRÊS MILHÕES E OITOCENTOS MIL REAIS. E quantos anos tem a filhinha do nosso Teixeirão? ONZE ANOS. É mole, ou quer mais?



PACOTE TURÍSTICO BRASILEIRO


Here, in Brazil, you have the opportunity to meet the real deal in corruption and neglection. We can provide you with the best programs to see with your own eyes the vast animals of our flora and their behavior. We have standards, such as:

- see someone dying in a hospital line of people waiting for treatment;
- see an ex-guerrilla woman commanding a nation of violent and corrupted police officers and high prices for everything;
- meet businessmen that are always diverting money from it's original objective to their own benefit; and
- get to know how people live with the fake idea of democracy and freedom

YOU ARE GONNA LOVE IT!


There are always green fields, sun and nice beaches to make you more than happy! COME HERE TO SHARE OUR MISERY!

quarta-feira, 15 de fevereiro de 2012

inimigo número 1

Uma das coisas mais bizarras da existência humana é o câncer. Meu tio, pai dos meus primos, foi levado por um destes, mas a família, de fato, traz um histórico de lutas bem sucedidas contra a doença. Duas tias curadas e aparentemente bem, com idade avançada e uma vida muito mais saudável. Uma delas, inclusive, é estudada pelos oncologistas, porque seu tumor virou água. Sendo assim, além do histórico familiar, de todas as reportagens e casos que ficamos sabendo, natural é que eu me sinta curioso a respeito e, acredito, essa curiosidade pode me ajudar a enfrentar melhor os casos que aparecerem em minha vida, tanto de amigos quanto meu próprio.


Esse cara aí, o Doutor David, quando tava no auge da carreira descobriu que tinha um tumor na cabeça, do tamanho de uma noz. Sucesso total no campo da psicologia, estava prestes a abandonar tudo pra desaparecer na morte. Está vivo, no entanto, depois de ter usado a combinação dos tratamentos médicos e de uma postura saudável em relação à alimentação, exercícios físicos e equilíbrio emocional. Um fato que fez com que ele abraçasse a causa e colocasse sua experiência e conhecimentos num livro bastante interessante.

O barato da pesquisa do David é que ele quer combinar processos, não excluí-los entre si. Ele é enfático quando diz que nada pode substituir a quimioterapia, a radioterapia e outros procedimentos da medicina tradicional. Seu apelo é pela aceitação de que uma vida bem vivida e emocionalmente sadia pode fazer muito milagre acontecer, no que concerne a esse carrasco sinistro.


A Bolha é uma banda setentista brasileira, que vai tocar no Psicodália, festival que meus amigos e eu vamos contemplar neste carnaval, mais uma vez. Liga a trolla aí, malandro, e ouve os caras. Trate com carinho a tua cabeça, teu espírito e viva melhor a tua vida!

Uma sina cabralina


O poema "Catar Feijão" de João Cabral de Melo Neto é uma daquelas obras que fascinam pela sua estrutura e significado.



"Catar feijão se limita com escrever:
Jogam-se os grãos na água do alguidar
E as palavras na da folha de papel;
e depois, joga-se fora o que boiar.
Certo, toda palavra boiará no papel,
água congelada, por chumbo seu verbo;
pois catar esse feijão, soprar nele,
e jogar fora o leve e oco, palha e eco.

Ora, nesse catar feijão entra um, risco
o de que entre os grão pesados entre
um grão imastigável, de quebrar dente.
Certo não, quando ao catar palavras:
a pedra dá à frase seu grão mais vivo:
obstrui a leitura fluviante, flutual,
açula a atenção, isca-a com risco."


A característica que salta aos olhos, depois de uma primeira lida, é a de metapoema, ou seja, a poesia que fala do processo de construção poética. João Cabral faz a relação entre a escolha das palavras no léxico e um hábito comum a muitos brasileiros mais velhos, o de catar feijão. É desse ato de cuidado com o alimento que resulta o suor, a tal da água "do papel", e esse jogar fora dos grãos leves e ocos, representando na poesia aquele cuidado que o artífice tem com sua criatura, que não deve ser "eco", mas algo original, na medida em que pode sê-lo. Poiesis.


Ao contrário da pedra que vem do gesto mal feito, a que vem nas palavras promove a quebra da regularidade, da familiaridade, do conforto a que estão todos acostumados, principalmente no consumo da cultura pop, por meio da inserção de elementos que causam estranheza. É o grão mais "vivo", o que faz do percurso uma experiência sinuosa. A beleza deste pedaço de trabalho louvável do mestre Cabral é que nela existe a beleza do povo brasileiro, do trabalho do poeta e a lição do homem que deixa aos demais poetas um grão de ouro.


segunda-feira, 13 de fevereiro de 2012

quarta-feira, 8 de fevereiro de 2012

feiura: um abalo sísmico

Você é feio? Como é que você não sabe? Bom, vamos pra um diagnóstico básico pra você saber se é bonito


Hugh Jackman e os traços da beleza

A beleza é uma convenção, algo que é determinado. Não é um fenômeno natural, mas social, que precisa da vontade do homem pra que se faça valer. Não é que nem a lei da gravidade, manja? Então, nesta foto do Wolverine a gente vê uma série de traços que determinam a beleza do cara, afastando ou aproximando você, conforme veremos da lista de atributos que uma vez eu vi num programa de televisão:

- maxilar largo
- morfologia dos órgãos do rosto
- simetria dos órgãos do rosto

Jackman não tem o nariz cumprido demais, como é o de Adrien Brody, protagonista de "O pianista". A boca possui desenho e não tem manchas, bem como a pele. Os olhos possuem simetria e não apresentam nenhum aspecto estranho, como os de Forrest Withaker, de "O Último Rei da Escócia". O maxilar largo é um detalhe que chama a atenção das fêmeas, segundo observadores, de modo que podemos percebê-lo numa série de rostos aclamados pela crítica: Brad Pitt, Ben Affleck, Tom Cruise, Rodrigo Santoro...



E aí, você tá perto da coisa ou é um mamífero bem distante do padrão de beleza? Porque isso conta muito. Pessoas bonitas são capazes de influenciar visualmente outras, de uma forma fascinante, coisa que rende muitas facilidades. Muitos nem precisam ir atrás de algo, as coisas vêm, porque sua existência é um deslumbre. Suas ações ganham um vulto absurdo, uma força e uma aceitação sem iguais. 

MOMENTO FACEBOOK

No Facebook, registramos uma honesta citação, jogada ao público espontaneamente, que ilustra a força das pessoas bonitas:


‎"é, eu não dou bola mais, mas as vezes fico muito puta, xingo internamente "filho da puta 

 do caralho" mas se um cara bonitinho pá, dá 

 aquela olhada, aí ponho um sorriso na cara e curto sim" 


Aos feios, cabe escolher o fulgor da personalidade, ou o correr atrás pra se parecer mais com o padrão, ou ficar rico, enfim, é contigo, malandro, só não dá pra viver reclamando e chorando pelos cantos. Feio ou bonito, a gente só tem uma vida.

terça-feira, 7 de fevereiro de 2012

as boas vibes de uma comunidade mundial renovada

Fico me perguntando, muitas vezes: como é que a gente pode mudar o mundo? E aí, quando procuro as respostas, acabo por enfrentar a decisiva constatação de que, acima de qualquer coisa, pra que haja alguma mudança é preciso que se faça com muita gente envolvida. Daí nasce uma nova pergunta: meus companheiros de luta, essas pessoas que quero do meu lado nesta revolução, eles sabem que mundo é esse que precisa ser mudado? Meus irmãos de armas sabem quem é o inimigo? É preciso esclarecer tudo isso antes de qualquer tentativa de mudança, claro, porque fundamental é que se saiba com quem se está fazendo o quê e porquês. 




Vivemos um tempo único, onde os povos podem dialogar livremente sobre sua condição. A internet nos proporciona, ainda que vigiado, um espaço de discussão e organização. Que mundo queremos mudar, afinal? O mundo onde a comunicação é intencionalmente prejudicada, em favor da situação de outros. Queremos, ou não, um lugar onde tudo esteja claro e o jogo seja limpo? A transição deve partir de um mundo que conheceu e ainda vive os reflexos da escravidão, do elitismo, da desorganização e da manipulação pela ignorância para uma realidade onde haja respeito pela vida, um jogo social limpo e justo, onde o mérito de cada um seja o sinal de seu valor, sim, mas entre competidores que tiveram as mesmas chances de se preparar.





Comece pela sua rua. Observe o espaço onde você e muitos vizinhos moram. Faça uma lista com os principais problemas e os pontos fortes do lugar. "A associação de moradores é que deve fazer essas coisas". Não espere por alguém que nunca vem, ou se for o caso, faça as devidas observações e vá até a associação, exija uma reunião e se manifeste. Não deixe que o tempo corra com a sua vida, é você quem deve usar o vento pra navegar. Você pode organizar reuniões, feiras, eventos, tudo com o devido auxílio e diálogo com os órgãos competentes, conseguindo as devidas licenças. Faça da sua vida algo menos apático, menos fútil. Invista nas relações humanas. Conquiste os espaços com a criatividade de ser coletivamente, porque o teu ser individual vai se regozijar na multiplicidade de fontes pro deleite, que só mais de uma cabeça pode criar.




saber amar é saber deixar alguém te amar

domingo, 5 de fevereiro de 2012

Coisas que o infinito vem te contar


não há mágica nas coisas
elas estão todas mortas

trágico é justamente esse abandono

a voz que vai não retorna
e mesmo no sonho agora
vai pela orla
sopra na asa da gaivota
boba

sobre lugares insondáveis
lá fora
a mágica é um investimento
nos corpos
promessa de transformação
sem cordas

o infinito surpreendente-
mente


sexta-feira, 3 de fevereiro de 2012

globalização

ó o povo curtindo

meu poema que intitulei "Um alvo bravo de venturas"

É por isso que a gente escreve? Não sei. Ainda vou pensar sobre. Na verdade, uma boa ideia pro próximo post, o de amanhã.

Por que escrever?

Brasil pandeiro iluminai os boleiros

A galera da bola é protagonista de mais um espetáculo bizarro no mundo do futebol, que há muito tempo deixou de ser um esporte competitivo dentro de campo, pra se tornar um curral de apostas pra empresários e vitrine pra novos ricos desfilarem a sua pobreza de berço. Se antes nós tínhamos o Ronaldo Fenômeno fazendo a vergonha da nação, como já tinham feito antes outros caras como Beto Cachaça e demais atletas de cama, mesa e banho, agora as duas estrelas da fanfarra são Ronaldinho Gaúcho e Wanderley Luxemburgo.


técnico sai pra garantir a festa na Gávea

O ex-sensação, Ronaldinho Gaúcho, tornou-se um incômodo na vida de qualquer técnico, ou empresário, como é o caso do Luxemburgo, que há tempos esqueceu como trabalhar tática e técnica e abraçou o contra-cheque e a caneta. O antigo comandante do grupo foi afastado do time, sob vaias e xingamentos, porque o ilustre milionário gaúcho da bola precisa de espaço pra não treinar, pra não comparecer, pra render pouco e se tornar a contratação mais frustrante do território nacional. O esporte, ultimamente, é um grande Big Brother, como é a política e, também, a educação.




É lamentável que a qualidade do desporto preferido dos brasileiros esteja tão baixa por conta do caráter e dos escrúpulos de técnicos, atletas e empresários. Só mesmo o esporte amador mantém a gana e a paixão que comovem o público, porque esse showzinho do futebol fica cada vez mais engessado e cheio de extras que fazem da vida no campo essa palhaçada geral. 

Ou a gente boicota, ou vamos continuar a mercê dessa injustiça, que já começa com os salários exorbitantes dos jogadores. ACORDA!

quinta-feira, 2 de fevereiro de 2012

será que tudo tá passado na gaveta da dispensa?

agora, falemos um pouco sobre


o menino Fiuk. Nascido Felipe, este cerumano é conhecido por ser "o filho do Fábio Júnior", que é o tio das laranjas e da alma gêmea. Nosso amigo é péssimo cantor e atua pior ainda, mas já fez progressos, segundo consta de informações bastante seguras a respeito do passado do bufão na banda Hori. De completamente desafinado e incapaz de fazer o básico da medíocre atuação da teledramaturgia brasileira, o principesco meia boca vai fazendo seu caminho na música popular ...


CANTANDO A MÚSICA DO PAI!

Não basta ser filho do cara, ter ajuda e facilidades mil, as portas abertas pra engrenar, o malandro ainda fica aparecendo com a música do pai. Por onde passa, o pimpolho pega o microfone e começa, "Demorei muito pra te encontrar, agora eu quero só você...", cantando da forma mais fresca possível, sem o menor brilho vocal, sem qualquer interpretação que não a de um adolescente afetado.

O que as pessoas querem com esse zé ruela?

Por favor, né, vamos valorizar o que deve ser valorizado. Se o cara é bonito, beleza, que fique como modelo, que estampe as revistas e campanhas de televisão, mas cantor e ator? E quem estuda e se prepara e tem condições de te proporcionar um maior prazer como ator ou cantor, a oportunidade que esta pessoa podia ter e não tem porque o Fiuk está lá, o que faz? É um pouco demais ver a televisão cheia de parasitas. Das novelas aos programas de auditório, uma porção de chupa-sangue.



Vale a pena rever os conceitos pra maximização do seu próprio prazer. ACORDA!

quarta-feira, 1 de fevereiro de 2012

bonde do vai quem quer

Bom, a última da majestade do rock n' roll brasileiro, a senhora Rita Lee, que agora é ex-presidiária, fez este cavalo aqui pensar, numa interpretação particular e bastante obtusa, sobre uma coisa: burro é quem vai atrás. Quê? Do que eu tô falando? Raciocina:


Diz a rainha, em "Luz del fuego", o seguinte


Eu hoje represento uma fruta
Pode ser até maçã
Não, não é pecado,
Só um convite
Venha me ver amanhã
Mesmo!



O que refletiu esta cavalgadura daí? Pensemos nas mulheres frutas, a quem criticamos sempre, com unhas e dentes, e seus reinados de carne e prótese na mídia. Tem uma galera que destila o ódio mortal. "Isso aí é uma vergonha, tinha que virar gente". Já ouvi coisa daí pra baixo. Eu mesmo já pensei algo sobre isso, num estágio qualquer desses da caminhada. Acontece que a gente dá um break e pensa: ok, o que fez esta mulher acordar e resolver ser assim:


É que ela acordou inspirada a balançar a bunda pra... quem? É que ela viu que deixar os peitos grandes ia estimular... quem? É que ela percebeu que ser conhecida pela beleza que... quem deu? Ah, os consumidores. Claro. Estas meninas representam vontades, no máximo, como disse a veterana do progressivo brasileiro, Mrs. Lee, "um convite". Vai quem quer. É o mesmo princípio que destaca o Cris Rock no seu stand up, quando comenta sobre as drogas. O traficante não te vende nada, ele é apenas a "estrutura" da coisa. Pense, se você chegou até a boca, foi atrás de quê? Se procurou a galera que estava lá no morro, o que você pensava que ia ter por ali, cesta básica? "A droga vende a si mesma".

É a mesma coisa com as mulheres frutas. Ninguém precisa vender putaria, ela vende a si mesma. As facetas que se encontra pra vender a coisa é simplesmente pra satisfazer a demanda do público. Mulher fruta é um convite, você aceita se quiser, como todos que vão aparecer na sua vida. E sabe por que elas estão cada vez mais na mídia?




PORQUE UNS TEM GRANA PRA COMER E OUTROS TEM TEMPO PRA SE MASTURBAR