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quarta-feira, 28 de dezembro de 2011

Perseu agora é Jackson? O filho de Zeus e Latoya!

Tenho perdido um tempo aprimorando o inglês. É preciso dar uma enriquecida no vocabulário, observar a sintaxe e a pronúncia. É obrigação de todo professor fazer com que as suas habilidades se combinem a novos recursos, de modo que a aula seja interessante pra todo mundo.



Os audiobooks do "Percy Jackson", criação de Rick Riordan, têm seu mérito neste aspecto da coisa. Não é narrativa pra mudar a sua vida social, nem a de seus semelhantes, tampouco vai tirar o seu fôlego pelas características estéticas. É curioso, ajuda bastante a desenvolver a audição, pronúncia e enriquece o vocabulário de quem está aprendendo o idioma (inglês). Se você puder, adquira o produto, senão, simplesmente dê um download via torrent, que vem rapidinho.

Ainda não tive coragem de ver o filme, porque sempre tem alguma coisa melhor pra fazer. Claro, o lance é um "Harry Potter" com algumas diferenças, que não fazem lá tanta. No livro, nada demais, também. Dei uma olhada. Claro que se você compara com o que fez a milionária Stephanie Meyer, a obra do Riordan tem brilho. Perto de um monte de coco, qualquer casca de banana parece divina. Não vai te acrescentar muita coisa, sinceramente, nenhum dos três supracitados, mas vai ajudar, caso você tenha um objetivo específico, como esse, o de aprender um idioma, o de se interar de algo hodierno, na cultura deles, que se reflita na narrativa. Mas, até aí, muitas outras coisas melhores podem fazer o trabalho, também, e como adicional, ainda te proporcionar prazer e mais prazer.

domingo, 25 de dezembro de 2011

Dindi


Diego e eu gravamos essa, sem pretensôes. Uma vontade repentina de colocar isso pra fora. Disseram a mim que "Dindi" não é uma mulher, como eu sempre achei, mas um lugar, um lugar que o Tom imaginava ou possuía, não recordo.

Bom, feliz natal, gente.

sábado, 24 de dezembro de 2011

Hollywood


Mais uma super produção hollywoodiana, que não me parece ter outro intuito, que não o de encher os bolsos dos protagonistas e a cabeça do povo de baboseira. Charlize Theron é uma bruxa no pior estilo Monica Bellucci em "Os irmãos Grimm", ou mesmo Michelle Pfeiffer, em "Stardust", e a coisa poderia se estender.

O caçador? É ninguém menos que o Thor, Christopher Hemsworth, que parece não ter se esforçado muito pra abandonar o nórdico. Os mesmos trejeitos e a fala, as expressões.

Agora, o clichê básico, aquilo de mais previsível é a participação da sem gracíssima Kristen Stewart, que é a fichinha barata, em que Hollywood deposita suas esperanças financeiras. Dona de um rostinho bonito, a péssima atriz coleciona interpretações exageradas e papéis com a relevância de uma refeição de hospital. Sua atuação é patética em tudo que pude ver até hoje, sem exageros. Nesta versão, pra variar, a personalidade masculinizada da atriz ganha contornos em uma Branca de Neve que veste armadura e luta.

Pra terminar de lançar a bosta no ventilador, "Snow White and The Huntsman" tem um concorrente de peso. Outro filme sobre a pobre coitadinha foi rodado com Julia Roberts e cia, numa versão mais cômica, mas onde a princesinha também tem seus momentos de bravura. Claro, nós vivemos o tempo das mulheres, uma princesa que não pega numa espada e luta, não é uma mulher digna de respeito, não é isso? Já vem acontecendo desde "King Arthur", quando Keira Knightley faz uma ridícula interpretação de Gwynevere. O trailer de "Mirror, Mirror".




E aí, qual será o mais porcaria? Aposto no valor bostal de ambos!

sexta-feira, 23 de dezembro de 2011


matando o tempo no som e no silêncio. "Blues Menino" é uma composição de Avati e Gabriel Mathias. Aqui, só um improviso, o esqueleto, aquele take pra ficar e trabalhar depois.

Canções Praieiras

The Se tem um cara que eu adoro, de graça?, jamais, com todos os méritos do mundo, é o grande Dorival Caymmi. "Caymmi e seu violão" é um álbum de 1959, da época do Guaraná com rolha, quando a Ana Maria Braga chegou na idade da Loba.



Dorival não tem par. A voz, os versos, o modo com que a brasilidade que ele traz na veia se faz música, se faz poesia cantada, é coisa linda demais. Sempre que posso, coloco essa beleza pra rolar e, sem brinks, o lance é uma terapia pras suas células e pra harmonia do seu organismo. Fecha os olhos e perceba como cada acorde e cada palavra interpretada te traz um pouco de maresia, aquele pedacinho de saudade do que se nunca viu, aquela dor da perda que se nunca teve, todos embarcados na jangada que o violeiro conduz, soprando o vento que se origina nesse coração imenso, caverna lírica, onde habitam personagens dentre os mais bonitos da música popular brasileira.

Aqui, faço uma tradução de Dorival pro inglês...

The good from the sea

The fisherman keeps both of love
One good at earth, one good at sea

The good from earth is the one that stays
behind on the shore when we are going away
The good from earth is the one that is crying
but makes up her smiling when we're going away

The good from the sea, is the sea, is the sea
that takes us away
so we can get the fish

sábado, 17 de dezembro de 2011

Mulheres Ricas

     Sim, sim, como não? No país onde a coisa toda é uma grande sacanagem, faz muito tempo, as porcarias que importamos da cultura do norte não param de surpreender. Eu assistia às chamadas de um reality onde as pessoas que participavam eram os milionários americanos, seus filhos super-ricos e animais de estimação com jóias invejáveis.



     Só que quando a coisa quer tomar o palco na sua terra, num lugar em que podemos definir como o paraíso pra superexploração de trabalhadores, investimento e lavagem de dinheiro, você fica assustado que uma coisa dessas chegue ao insulto.



 E a gente tem de ouvir isso, coisas como, "a sissy é um cachorro feliz. Vive melhor que muita gente...hihihi....infelizmente". É isso que esse programa vem trazer pra gente, pras nossas vidas, o dia a dia de pessoas que têm famílias riquíssimas, e nós sabemos, historicamente, que nenhuma delas tem origem justa, seja por atuação direta ou omissão, é isso?

Uma coisa sensata disse essa lindeza aí no vídeo, "o rico tem de gastar". É verdade, a estrutura capitalista necessita desse tipo de incentivo, senão o capital fica parado e gera colapso. E daí? É só um dado, podia estar numa página de revista, num guardanapo. Foi pra isso que torraram grana, material e produção? Pra um bando de peruas que vivem da futilidade e da exploração que é feita no país tirarem onda do que podem  fazer?


Essa aí, lembram? Trabalhadora e voluntária na causa dos sem-terra. De batalhadora e engajada na causa dos homens que precisam, até hoje, talvez mais do que nunca, de assistência, a mulher se tornou uma emergentezinha que fica tirando onda com dinheiro na televisão. Isso tudo embaixo do nariz de quem se aperta direto pra pagar as contas, e com que consideração?
No programa "A Liga", uma mulher muito idiota, que se diz formada na Suíça e cometeu gafes bizarras, justamente onde ela apontou, de forma brilhante, o que é educação: é se importar. Exatamente. Educação é quando você adquire maneiras de tornar a sua vida e a vida das pessoas ao seu redor, num momento de interação, uma relação agradável, pra se recordar. O que essas mulheres, nesse programa, perderam, antes mesmo que as câmeras fossem ligadas, foi a dignidade. Não existe qualquer bom gostou ou decência ali, entre um sorriso noiado e outro da tal Narcisa. 

sexta-feira, 16 de dezembro de 2011

Pobre de espírito

Sincerely, this worshiping thing all over Chico Buarque is more than boring, it's a bad shit to teach our children: how to have an idol that just doesn't care. Come on, what kind of great artist does the same show for an entire century? It's the "João Gilberto" effect. Everything is just settled, why try hard? You can find a bench, grab the guitar and just sing like a fucking old man saying goodbye to all life around. But for long minutes.

He could find a man to do great sets, he could have a band to make the devil out of music, he could characterize his voice to create huge performances. But why? Why he and a lot of old and new artists would do that? Everything is already conquered. He just doesn't need to do more than breathe, because propaganda, Globo and stuff are well prepared to guarantee the worshiping even after his death.


I am not against the party time, not against joy and a calm life. But why try to sell me this shit like if it was needed to be served as a hospital meal? Man, it's...


"Artists have the right to be humble and the obligation to be vain."

- Karl Krauss

quinta-feira, 15 de dezembro de 2011

Nunca perde essa mania!

O que é família? Segundo é constatável, trata-se de uma união harmoniosa entre seres da mesma espécie. Alguns dizem que foi deus que ungiu essa união, mas outros, como Levi-Strauss, afirmam que trata-se de uma união baseada no mais puro interesse. Veja bem, antes não tinha polícia, não tinha justiça, daí a coisa era na mão grande. O homem é forte, a mulher é resistente, os filhos cuidarão deles na velhice. É bem simples.

Família é laço de sangue? Mas se nem doador certo um parente é. Não consigo enxergar a família como sendo essa ligação fisiológica, mas uma condição social. A família é quem você escolhe pra fazer parte do seu projeto de vida, de amor. Pode ter o teu sangue, pode compartilhar o dele com você, na raça, na luta, nas maresias.

E falando em family...



E falando em family, "Ode to my family", desta banda que eu não suporto, é uma das boas músicas. A letra tem uma dramaticidade forte, que ela capta e expressa na voz contida, sem vibratos chatos, que costumam caracterizar certas melodias apelativas.

"It is not flesh and blood but the heart which makes us fathers and sons".  
- Johann Schiller

sexta-feira, 9 de dezembro de 2011

Band on the run


Um Iago a todo instante, cuidado. Pois é, quando penso em Othello, penso na grandiosidade com que Shakespeare conseguiu tecer em palavras a carne tão nefasta do ciúme. Othello nem era mais o mesmo, ao fim, completamente fascinado pelas palavras e evidências de uma Circe viril e escamosa. O cara consegue fazer com que uma nova realidade se desenhe diante dos olhos do Mouro, que se entrega violentamente aos desígnios da honra. O corpo lutava contra, vê-se na grande interpretação que a personagem exige, graças ao poder dramático do autor. Othello é o palco onde se digladiam a sede por justiça e os apelos inequívocos do amor. Consumido pela loucura, filho obscuro da união de sentimentos irmãos, o guerreiro se lança ao encontro da morte de Desdêmona e da sua própria.

É preciso cultivar o desapego, sabe? Saber-se indivíduo, independente, solitário por natureza, já que é uma consciência única que anima um único corpo, sem chances conhecidas, até agora, de fazer tal experiência algo coletivo. Embora, ao que parece, LSD andou ajudando uma galera a sentir coisas próximas a isso. Enfim, de qualquer forma, acredito que são interpretações romantizadas de uma nebulosa química que explode no corpo e na mente. O fato é que você é um ser sozinho e deve respeitar a vida dos seres sozinhos que estão aí pra, se possível, construir uma experiência de coletividade. Essa experiência, no entanto, jamais deixa de ser uma união de seres sozinhos. Há que se lembrar disso, sempre. A individualidade é pra ser superada na convivência, que no seu mais alto grau, faz com que esta solidão inevitável se torne uma jornada maravilhosa. No entanto, há pessoas que fazem de tudo pra tornar esse caminho um inferno.

Isso me faz pensar em Paul McCartney.

Seja feliz fazendo alguém feliz. Esse é o grande desafio de viver.

terça-feira, 6 de dezembro de 2011


Vivemos num país de autoridades corruptas. O noticiário toda hora nos conta sobre como alguém com poder usa e abusa de suas capacidades. Escândalos envolvendo dinheiro são os mais comuns, até o ponto em que se tornam culturais, parte do patrimônio nacional. Não estou falando apenas desta escrachada associação entre Ricardo Teixeira, Ronaldo Nazário e o Corinthians, mas de tudo que o futebol tem nos mostrado de podre durante tantos anos, Eurico Miranda, Cléber Leite e tantos outros parasitas.

Como é que ainda conseguimos torcer, mesmo sabendo que onde há dinheiro e fama, há corrupção? Como é que conseguimos matar nosso próprio semelhante a tiros ou facadas, enquanto os envolvidos nas falcatruas mais absurdas estão cada vez mais ricos e gordos? Como é que esses caras conseguem dormir, sabendo que estão envolvidos num esquema grosseiro de movimentação financeira e exploração da boa-fé das pessoas? Quantos títulos o meu, o seu, o nosso clube não tem aí, manchado por acordos, por falcatruas e mentiras?
Futebol não é muito diferente de religião. Vivemos a ilusão de um esporte, enquanto os atletas e cartolas vivem a realidade comercial. 

Se você ainda guarda a fé no desporto, acorde, isso só existe entre os amadores.