Pesquisar este blog

segunda-feira, 20 de agosto de 2012

Review do Web Festvalda 2012

Eu estava lá, claro, urubuzando a vida da música contemporânea, metido no Web Festvalda de 2012 como câmera da banda Consciência Tranquila, que são broderes total, a galera com quem comecei a me aventurar nas filmagens. Sempre conheço muita gente boa nos shows em que vou, dessa vez não foi diferente.



Muitas bandas se apresentaram em três dias de festival, contando com o dia da grande final. Neste terceiro dia, sobressaíram-se duas bandas: "Sincopé", do Paraná, e "Babi Jaques e os Sicilianos", de Pernambuco, segundo e primeiro lugares, respectivamentte. A banda de reggae, terceira colocada, na minha opinião, não fez jus ao critério adotado. As duas bandas que citei mostraram uma dinâmica de palco interessante, as vocalistas foram bastante performáticas, interagiram. A outra banda fez um cover de Bob Marley bastante simples e tinha uma música própria mais simples ainda. Não acho que sequer cumpriam com o critério supracitado. Incoerência total.


vencedores do Web Festvalda 2012

Babi Jaques e os Sicilianos fizeram um show que nos remetia a uma máfia italiana, onde o guarda-chuvinha do frevo, preto e branco, harmonizava com o vestido e criava um clima festivo que acompanhou a música, versão de "Pra você gostar de mim". Com a música "Lágrima do Palhaço", ofereceram ao Circo Voador um pouco do talento da banda pra composição. Em segundo lugar, a banda Sincopé, de Curitiba, entrou com o tema do banheiro na cabeça, literalmente. Toalhas de banho enroladas, toucas, escova pra fazer barulho na guitarra e uma interpretação bastante buarquiana, que explode, ao final. O cover foi da música "Lava rápido", que é cômica e inusitada. Eu jamais imaginei ouvir este cover num festival. Muito legal o caráter de resgate da tradição musical que a banda fez.

sem tirar a roupa
Natalia Bermúdez, a flautista, foi eleita a vocalista revelação do festival e, realmente, fez um show bastante agradável. Neste aspecto, devo dizer que a banda Consciência Tranquila saiu prejudicada, porque Isabel, uma das vocalistas, tem uma identidade vocal muito forte e estava afinadinha. Acredito que a falha do microfone tenha dado uma ajuda na construção de uma vibe estranha ao show da banda tijucana. Falo, porque conheço Isabel e porque estava lá. No entanto,


abraçando a personagem
o critério dos juízes foi muito claro, quanto ao que se refere ao primeiro e segundo lugares. Agora, como disse, repito, a banda de reggae não está de acordo com este critério. Posso dizer, seguramente, que a banda Strada de Terra merecia mais. Consciência Tranquila, pelo som que faz e pelas letras que propõe, além da métrica, um ritmo impresso pelos vocalistas Antonio Consciência e Sami Brasil, que é muito mais interessante que o padrão vocal bastante previsível dos reggaeiros.

Nenhum comentário: