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sábado, 20 de março de 2010
Fausto sobre pilhas
Ah! Noite que se acaba, vai-te daqui, é tempo
Sol que se anuncia, vinde, é teu o firmamento
Quanta demora hei bebido em cântaro furado
Pra se cumprir o meu destino só agora
Quem vem nos bater aos portões a essa hora?
São as bruxas que o mar devora ao fim do ano
São aquelas conjuradas por Cipriano o mago
Condenadas que são as filhas feias de Narciso
Ah, dia que se levanta, na altiva varanda
Aquece meu rosto antigo com a tua mão macia
Brisa que corre solta pelas colinas de Cartagena
Vem descansar sobre meu rosto feito nuvem
A feitiçaria não pára lá adiante
Eis que ainda querem entrar as bruxas aflitas
Conjurando leviandades excitantes sobre suas vidas
Na tentativa de tomar as velhas chaves
Ah, finalmente dia, quanta vez te chamei
Enquanto as estrelas se tornavam inhas
E uma ou outra se pensava um instante
Quero o tempo da alegria pra te esquecer
as bruxas falecidas com a vinda da aurora agora fertilizam a memória
- Avati
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