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quarta-feira, 20 de maio de 2009

nascemos sócrates e não temos mirra

mas o ouro abunda
como a bunda aos tolos...

Não há o que fazer. O dia principia lá fora e eu aqui me acabo.
Por que tanta demora? E que demora é essa?
Meu tempo não se acaba e não passa a minha pressa.
O que é que vem, ainda, que tanto tarda?
Qual companhia que me custa a chegar na hora exata?

E que exatidão é essa que sufoca?

Onde é que as coisas recebem nome e espírito, sei que é em algum lugar lá fora, mas onde, exatamente, se encontra tudo isso?

enquanto isso...


- É preciso matar o totem

- E a riqueza do passado?

- O tempo é filho do homem.

- Mas e todas as coisas que cessam?

- Nada cessa.

- Tu és o totem!

- E tu o desespero.

- Mas eu te devo matar!

- Tens medo.

- Sou frágil, já logo morro.

- Morres já. Não esqueça, o tempo não existe.

- Estou morrendo neste exato momento. E de quê?

- De vida.

- Por que me vives?

- Porque te amo.

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