mas o ouro abunda
como a bunda aos tolos...
Não há o que fazer. O dia principia lá fora e eu aqui me acabo.
Por que tanta demora? E que demora é essa?
Meu tempo não se acaba e não passa a minha pressa.
O que é que vem, ainda, que tanto tarda?
Qual companhia que me custa a chegar na hora exata?
E que exatidão é essa que sufoca?
Onde é que as coisas recebem nome e espírito, sei que é em algum lugar lá fora, mas onde, exatamente, se encontra tudo isso?
enquanto isso...
- É preciso matar o totem
- E a riqueza do passado?
- O tempo é filho do homem.
- Mas e todas as coisas que cessam?
- Nada cessa.
- Tu és o totem!
- E tu o desespero.
- Mas eu te devo matar!
- Tens medo.
- Sou frágil, já logo morro.
- Morres já. Não esqueça, o tempo não existe.
- Estou morrendo neste exato momento. E de quê?
- De vida.
- Por que me vives?
- Porque te amo.
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