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quarta-feira, 27 de maio de 2009

meu dossiê de sensações

um sem número de sobressaltos
e segue assim até o sono...
mas fuligem se agarra à superfície
o sonho que antes era um salto
hoje pesa na vertigem
mas de quê?
que abismo em mim se esconde?

o nome não tem dono
o quando não tem onde

meu santo sai de férias
fico no abandono
pensando nas matérias
de que são feitos todos os homens
os hemisférios se confundem
fundam continentes com novos mercenários
inventam antigas ambições
descobrem desertos movediços onde antes
a vida aflorava sobre nações de grandes reis
cada grão de areia um brilhante de coroa
toda dinastia seduzida pelo tempo é tombada
cada príncipe viu seu solar abater-se
a bater-se na poeira de si
tentando emergir do buraco que o tempo cavou
pra que pudesse dormir

meus mundos se misturam outra vez
desnudos de tudo que gruda
vestindo casualmente uma cara qualquer
a um cara qualquer que ruma
quanto caminho que se cruza meu deus
cada coisa que é só uma coisa no fim
pedaços de mim que se juntam

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