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quarta-feira, 20 de janeiro de 2010

absurdos cotidianos

Certas ideias me fazem pensar o quanto ainda estamos distante de uma resolução significativa pra maioria dos nossos problemas. Sejamos sinceros, a maioria das pessoas está de romantismo até o pescoço, e não é qualquer um, é do tipo que cega e prejudica nas decisões. Primeiro

Individualidade. A luta pela demarcação do sujeito enquanto indivíduo deve existir porque o alicerce de qualquer coletividade é a firmeza de suas unidades componentes, mas de forma alguma essa individuação pode concorrer com a harmonia do todo. Vivemos em sociedade, não sejamos os imbecis que a maioria tem sido até agora.

"Os dias de hoje mostram a decadência". Palhaçada. Nunca fomos tão inclinados a nos estabelecermos harmonicamente como agora. Temos canais de comunicação mundial, sabemos que as culturas são produto da mente, não de uma divindade bipolar, podemos discutir e criar espaços diversos com qualidade de vida. Vivemos os melhores dias desde que paramos de morrer aos trinta anos, acordem.

"a vida é assim". Mentira, a vida não tem autonomia sobre os viventes, não seja burro. Nada é, as coisas estão sendo, por trás dela existe um grande quadro onde alguém pinta a realidade e você compra por conveniência, como eu faço. O sentido é que ela não tem sentido, e por isso não enlouquecemos diante de algo que se apresentaria temporalmente distante, mas já consumado. Que destino tão sem graça seria assim aceito, de bom grado? A nulidade dos fatos humanos para além da sociedade é que torna possível a gama de fatos que surgem internamente, todos carentes de verdade absoluta e ao mesmo tempo cheios do dna coletivo que a memória histórica nos vem recordar.

"Geração Vietnã x Geração Iraque. Vai se fuder, como se houvesse de fato uma diferença grande entre essas gerações. Somos os mesmos idiotas guiados por informações da imprensa aliada, formação do caráter do inimigo e seu destino pós-guerra são parte da jogatina. Os acontecimentos são ilustrações culturais pra movimentos muito mais sutis que ocorrem em escala mundial, mas quem se importa? As pessoas não conseguem sequer se aposentar direito, quanto mais brigar por coisas em escala mundial e coletiva. Somos espectadores do teatro da guerra e adoramos. Cinema... Oprah... sbt... faz diferença onde a guerra acontece? Está rolando desde sempre, em variada escala, longe, perto, no Iraque, do lado da sua casa.

queria um cigarro...

Um comentário:

robson disse...

sem duvida, a roda gira , mas as ideias para algo melhor ainda continuam nas letras..o ser humano ainda tem muito o que apreder para ser mais ''sapiens'


gostei do texto parabens