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quinta-feira, 17 de maio de 2012

O que é Felicidade?


                
               Primeiro, antes de começarmos a falar quem é e quem não é feliz, precisamos definir o que é Felicidade. Eu posso começar a dizer uma série de coisas para definir esta condição, mas seria, inevitavelmente, a minha visão. Isso porque se trata de uma construção social, não um fenômeno natural, a tal Felicidade. É algo convencionado, que depende dos valores e das experiências de cada um no mundo social. Assim, chegamos a um fato concreto:

- No caso de Felicidade, bem como outros sentimentos que podemos tentar definir, como o Amor, é preciso que seja levada em consideração a existência de duas instâncias que fazem juízo: a do Eu e a do Outro.
                 
                Por vivermos um organismo que nos constrói e que por nós é construído, a sociedade. Somos influenciados e influenciamos as pessoas o tempo todo. Os valores, as visões de mundo, os hábitos, as conclusões pessoais e coletivas, cada uma dessas características constrói o indivíduo e o espaço ao seu redor, em uma relação mútua de troca. Ou seja, um terceiro indivíduo surge da relação entre o Eu e o Outro, por meio das relações culturais: o Nós. Chegamos, então, a um segundo fato:

- Ao nos relacionarmos, fundamos uma entidade coletiva chamada Sociedade, que tem por característica o costume de passar suas conquistas para as próximas gerações, a fim de que os problemas antigos sejam superados e que haja base para lidar com os novos. Compreender a Felicidade, portanto, é parte das aspirações que a Sociedade possui para que possa vivê-la e legá-la.



                O que não podemos fazer, também, é confundir a Felicidade com o Prazer. É possível sentir prazer sem que se esteja feliz, como também é possível ser feliz sem sentir os prazeres, como percebemos em alguns mortificadores da carne. Como dizer a eles que não são felizes? Justamente porque a Felicidade é algo que se define na interioridade, não é possível ultrapassar as barreiras da subjetividade e sentenciar.

                

               Concluindo, o que tentei demonstrar é que eu posso ser feliz, a partir das minhas convicções, tanto quanto você, que pode ter uma visão completamente diferente, um sem anular o outro. O campo da anulação acontece quando ambos entram nos domínios do Nós, onde o diálogo existe para dar forma a esta nova instância de juízo. Sua função é olhar as individualidades em um todo e construir a Felicidade coletiva, que é o denominador comum das Felicidades individuais. Eu sou feliz sem usar drogas, você é feliz usando drogas, e a nossa sociedade, observando a minha, a sua e a experiência de muitos outros, tenta construir uma Felicidade que é o equilíbrio em favor da vida.

                   

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