Pesquisar este blog

quarta-feira, 9 de maio de 2012

Die, Die my Darling!


O infinito é um fato, mas não é social, é natural. Quem se cria entre os muros da cidade não está afastado da natureza, como gostam de pensar alguns. A natureza é tudo que se faz com ela, inclusive. O aço é natural, porque não poderia deixar de ser, já que é produto de coisas naturais e de seres naturais. Não existe artificial, que não seja uma forma de traçar uma distância entre dois pontos: a natureza viva e a natureza morta. Existe uma quantidade de massa inanimada e uma quantidade menor de massa animada que formam este planeta. Estamos falando de terra, minérios, rochas, de um lado, a fauna e a flora, de outro. Não obstante, seres animados e inanimados são conjugados para a definição de Natureza, logo, qualquer gesto humano é um gesto natural.


Na naturalidade que exercemos, o homem tem um traço característico de sua espécie, a Reflexão. Refletir, como espelhar. O mundo é espelhado no interior do homem que, ao juntar as informações obtidas pelo aparelho sensorial, começa a construir aquele recorte que precisa para entender qualquer coisa. Entendimento é recorte, é redução para compreensão, qualquer que seja, e normalmente é orientada pela Lógica em voga. Entender é construir entendimento. Essa coleta de informações para construir a realidade interior é subjetiva e sempre que se educa alguém se está preenchendo a realidade interior deste indivíduo com dados que não vêm diretamente da experiência de mundo, mas do educador. A responsabilidade do professor é toda essa, ele é a fonte na qual muitos bebem para construir uma realidade interna,  que vai servir para atuar no mundo material, das coisas. Professor é fundador, é engenheiro de laboratórios mentais, é o homem que dá vida ao oráculo dentro de cada mamífero capaz de refletir.




A Experiência é fundamental. Quando se afasta o homem dela, completamente, constrói-se um animal que não vê resultados materiais, que não sabe o que é funcionalidade, o que é prática, o que são variáveis, ou seja, uma pessoa cuja relação entre a reflexão e o mundo material é irrelevante. A materialidade é o resultado do trabalho independente da mente, que o faz na realidade que construiu por meio de informações obtidas na própria realidade sensível. Ou seja, interioridade e realidade material vivem uma relação de mutualismo. Se esta relação é afetada, o homem em questão torna-se frágil, manipulável. Sua Reflexão passa a parir Ilusão. A Imaginação trabalha orientada pela reclusão, pelas limitações, por todas as restrições a que é submetida, e funciona produzindo aquilo que a fonte de suas informações vai lhe provendo. Iludido, acha que transforma o mundo material livremente, mas está simplesmente agindo dentro de uma área delimitada.


É preciso romper com as ilusões.

Nenhum comentário: