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sábado, 17 de dezembro de 2011

Mulheres Ricas

     Sim, sim, como não? No país onde a coisa toda é uma grande sacanagem, faz muito tempo, as porcarias que importamos da cultura do norte não param de surpreender. Eu assistia às chamadas de um reality onde as pessoas que participavam eram os milionários americanos, seus filhos super-ricos e animais de estimação com jóias invejáveis.



     Só que quando a coisa quer tomar o palco na sua terra, num lugar em que podemos definir como o paraíso pra superexploração de trabalhadores, investimento e lavagem de dinheiro, você fica assustado que uma coisa dessas chegue ao insulto.



 E a gente tem de ouvir isso, coisas como, "a sissy é um cachorro feliz. Vive melhor que muita gente...hihihi....infelizmente". É isso que esse programa vem trazer pra gente, pras nossas vidas, o dia a dia de pessoas que têm famílias riquíssimas, e nós sabemos, historicamente, que nenhuma delas tem origem justa, seja por atuação direta ou omissão, é isso?

Uma coisa sensata disse essa lindeza aí no vídeo, "o rico tem de gastar". É verdade, a estrutura capitalista necessita desse tipo de incentivo, senão o capital fica parado e gera colapso. E daí? É só um dado, podia estar numa página de revista, num guardanapo. Foi pra isso que torraram grana, material e produção? Pra um bando de peruas que vivem da futilidade e da exploração que é feita no país tirarem onda do que podem  fazer?


Essa aí, lembram? Trabalhadora e voluntária na causa dos sem-terra. De batalhadora e engajada na causa dos homens que precisam, até hoje, talvez mais do que nunca, de assistência, a mulher se tornou uma emergentezinha que fica tirando onda com dinheiro na televisão. Isso tudo embaixo do nariz de quem se aperta direto pra pagar as contas, e com que consideração?
No programa "A Liga", uma mulher muito idiota, que se diz formada na Suíça e cometeu gafes bizarras, justamente onde ela apontou, de forma brilhante, o que é educação: é se importar. Exatamente. Educação é quando você adquire maneiras de tornar a sua vida e a vida das pessoas ao seu redor, num momento de interação, uma relação agradável, pra se recordar. O que essas mulheres, nesse programa, perderam, antes mesmo que as câmeras fossem ligadas, foi a dignidade. Não existe qualquer bom gostou ou decência ali, entre um sorriso noiado e outro da tal Narcisa. 

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