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quarta-feira, 4 de novembro de 2009

madrugadentro

prestes a sair o sol
quase me despeço, já despido.

são os momentos mais intensos da madrugada, quase sempre. você decide que vai se entregar, tudo ficava muito vivo e é nesse momento que se pode perder. o detalhe fagulha e de repente acende o pavio. há que se manter a névoa voando sobre os pensamentos, nevoeiro vivo que traz o desencanto da quase vida.

amanhã, quando acordar
se tiver sorte
começo de novo a minha morte

e como é que confio?
nem Ariadne me dá corda.

tá de brimks.

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