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terça-feira, 23 de dezembro de 2008
god's touch
Érico Palmaton tocando o clássico Somewhere over the rainbow. Eu não perdia, se fosse você.
Porque o coroa é simplesmente foda.
Um vídeo pra alegrar os corações nesse fim de ano. Então, é isso.
Bom dia!
citação: não cite, recite!
sexta-feira, 19 de dezembro de 2008
Cegueta
Não acho meus óculos. Que merda. E que tédio cavalar. Um emprego? Eu estudo, pesquiso e observo, não, muito obrigado, pode ficar com o seu e com as suas lindas férias na praia, ou seu carro novinho cheirando a bundinha de robô. Quando for a hora, novamente, quem sabe. Um ano sem trabalhar. Que coisa, hein? Sim, parasitando família, sim, vivendo parcamente, aproveitando pouco os prazeres do comércio, os luxos, as oportunidades, sim, não economizo pra comprar um apartamento, não vou viajar pra Europa, nem vou por acaso conhecer uma atriz global zanzando no Shopping da Gávea, onde só pra respirar o mesmo ar você já está pagando mais, sim, eu não vou ser um vencedor pra se casar com a sua filha...
E DAÍ? E QUÊ QUE TEM?
Eu, hein. Minha merrequinha tá dando, futuramente, se eu quiser, ainda rola de garfar uma bolsa pro mestrado, aí a grana é melhorzinha. Sim, de bolsa em bolsa, até chegar ao fixo, que eu espero não seja tão restrito.
Pois é, alguns curtem ver a estrada da vida de suas grandes janelas de vidro, ou ainda de jalecos brancos indefectíveis, outros preferem viver o movimento, um verbo que se desloca no tempo como uma criança que nem sabe que está nua. E como se vive o movimento amarrado a uma mesa pelo calcanhar?
CORTA ESSE FIO DE ARIADNE, FILHO DA PUTA!
Pra vocês, meus amigos, eu deixo aqui um presente mptrístico, um álbum muito bom, de uma banda que não deu lá muitos pulos. Blind Faith, banda de Steve Winwood e do grande e inigualável Eric Clapton. O álbum tem as clássicas Can't Find My Way Home, em duas versões, acústica e elétrica, além de Presence of the lord, composição do Clapton. Ginger Baker também dá sua cara no álbum, mas é Steve Winwood que domina.
Baixe CD 1 aqui
Baixe CD 2 aqui
E DAÍ? E QUÊ QUE TEM?
Eu, hein. Minha merrequinha tá dando, futuramente, se eu quiser, ainda rola de garfar uma bolsa pro mestrado, aí a grana é melhorzinha. Sim, de bolsa em bolsa, até chegar ao fixo, que eu espero não seja tão restrito.
Pois é, alguns curtem ver a estrada da vida de suas grandes janelas de vidro, ou ainda de jalecos brancos indefectíveis, outros preferem viver o movimento, um verbo que se desloca no tempo como uma criança que nem sabe que está nua. E como se vive o movimento amarrado a uma mesa pelo calcanhar?
CORTA ESSE FIO DE ARIADNE, FILHO DA PUTA!
Pra vocês, meus amigos, eu deixo aqui um presente mptrístico, um álbum muito bom, de uma banda que não deu lá muitos pulos. Blind Faith, banda de Steve Winwood e do grande e inigualável Eric Clapton. O álbum tem as clássicas Can't Find My Way Home, em duas versões, acústica e elétrica, além de Presence of the lord, composição do Clapton. Ginger Baker também dá sua cara no álbum, mas é Steve Winwood que domina.
CD: 1 | |||
---|---|---|---|
1. Had to Cry Today | |||
2. Can't Find My Way Home | |||
3. Well All Right | |||
4. Presence of the Lord | |||
5. Sea of Joy | |||
6. Do What You Like | |||
7. Sleeping in the Ground | |||
8. Can't Find My Way Home (acoustic) | |||
9. Acoustic Jam | |||
10. Time Winds | |||
CD: 2 | |||
1. Jam No. 1: "Very Long & Good Jam" | |||
2. Jam No. 2: "Slow Jam #1" | |||
3. Jam No. 3: " Change of Address Jam" | |||
4. Jam No. 4: "Slow Jam #2" |
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terça-feira, 16 de dezembro de 2008
Termina com ela II
o sapato agora ficou para trás
do pé que ainda se vê sombra
estilhaços do salto pelo chão
sementes agora transmutadas
pelas doze badaladas da noite
tudo compõe a cena da fuga
da barra de vestido que rodou
rodou e levou no vento a moça
aos cabelos cheios dos meus
melhores e mais ternos olhares
lá se vai a moça correndo na lua
tão negra no pano de fundo prata
vai fugindo da música que toca
serenata para um sozinho alado
que devagar faz mira ao longe
e devagar ainda vê cair ao som
do tambor
seu espelho partido
quinta-feira, 11 de dezembro de 2008
sex a piu
nas tuas coxas
eu-me
no reflexo das esmeraldas
nossa
nem parece que me tenho
cabelo trigal
pele de fora
nariz à toa embicado
feito pássaro no vôo
preso no decolar
nunca entendi
essa vontade de chupar
a tua boca que me dá
essa gruta habitada
língua feroz cheia de fio
afiada no desvario
capaz de dar um nó na cabeça
dum homem sem si
e de novo escorro sem pressa
pra tua coxa largada aberta
e de olhos abertos durmo de ti,
sonho detalhes de pêlos,
costuras e estampas de bichos
e relevos,
e quando percebo tento
não vejo, quero divisar,
mas só há tecido lá,
só há tecido!
E a fome aperta da embalagem -
tecido o cio pelo fio que origina
toda essa lenga lenga
fico a morder a barra da cela
e se ela?
mas se ela?
vai que de repente...
e você acena lá de cima
"vem"
e sorri;
e eu digo,
"tá muito iluminado pra sair daqui"
depois de pensar "fudeu"
e domingo mais um pouco
de frente pro ninho
com o corpo louco já mexendo sozinho
escondendo o sorriso: brinco
tá com quem?
eu-me
no reflexo das esmeraldas
nossa
nem parece que me tenho
cabelo trigal
pele de fora
nariz à toa embicado
feito pássaro no vôo
preso no decolar
nunca entendi
essa vontade de chupar
a tua boca que me dá
essa gruta habitada
língua feroz cheia de fio
afiada no desvario
capaz de dar um nó na cabeça
dum homem sem si
e de novo escorro sem pressa
pra tua coxa largada aberta
e de olhos abertos durmo de ti,
sonho detalhes de pêlos,
costuras e estampas de bichos
e relevos,
e quando percebo tento
não vejo, quero divisar,
mas só há tecido lá,
só há tecido!
E a fome aperta da embalagem -
tecido o cio pelo fio que origina
toda essa lenga lenga
fico a morder a barra da cela
e se ela?
mas se ela?
vai que de repente...
e você acena lá de cima
"vem"
e sorri;
e eu digo,
"tá muito iluminado pra sair daqui"
depois de pensar "fudeu"
e domingo mais um pouco
de frente pro ninho
com o corpo louco já mexendo sozinho
escondendo o sorriso: brinco
tá com quem?
segunda-feira, 8 de dezembro de 2008
tempos cardíacos
Salve, Mato Grosso. Que não é o Ney, mas que é um álbum bem legal do grande Sérgião Dias, guitarrista, músico, adolescente sensação da paulicéia. Seja nos Mutantes, seja em carreira solo, Sérgião sempre dá um esculacho.
Esse da esquerda é o Cliceu, músico, comunicador e amigo, sendo afetivamente enredado pelo grande Sérgio Dias. Sim, roubei a foto do teu perfil e não adianta ficar brabinho.
Pois então, o lance é que trago um álbum que o Sérgio Dias gravou com o Phil Manzanera, guitarrista do Roxy Music, banda do famigerado Brian Ferry, sabe qual é? Pois é, o Ferry andou aí metido a Bob Dylan. Mas falemos de Manzanera. O cara, como última referência curricular, esteve na produção do álbum On An Island, de ninguém menos que sir David Gilmour, a lenda viva, o homem do bend, o cara dos solos, ainda que a maioria só fale de Comfortably Numb e esqueça a existência de uma The Gold is in the. Excelente trabalho do Manzanera e do Gilmour, que renderam aí as turnês Remember that night com o falecido Richard Wright, aquele que levou consigo um sonho de Pink Floyd.
Sério Dias e Phil Manzanera - Mato Grosso
O álbum, é claro, tem uma sonoridade incrível. É tudo muito preenchido. Na primeira faixa você se depara com um clima tribal criado pela percussão, pelo chocalho, alguns sons de fundo que estão ali sugerindo. É impossível não se perder na progressão crescente, os sons vão surgindo, um a um, compondo o mundo onde Sérgião quer te jogar. A segunda faixa segue o mesmo clima, mas progressivamente os sons da natureza vão dando lugar aos instrumentos, de forma crua, e nos deparamos com uma mudança de andamento repentina, tudo recende ao poderoso alcance da World Music.
Assim segue o álbum, uma mistura de sons que sugerem a natureza, ritmos latinos, uma coisa de samba que vem na quarta faixa, pra logo depois, ainda na mesma canção, se diluir numa pegada altamente melódica de guitarra. Eu acho que não erraram na mão ali, não, quando optaram por essas mudanças. É sempre arriscado, mas se saíram bem nas ligações entre as partes, ao meu ver.
Ouça você, também.
Esse da esquerda é o Cliceu, músico, comunicador e amigo, sendo afetivamente enredado pelo grande Sérgio Dias. Sim, roubei a foto do teu perfil e não adianta ficar brabinho.
Pois então, o lance é que trago um álbum que o Sérgio Dias gravou com o Phil Manzanera, guitarrista do Roxy Music, banda do famigerado Brian Ferry, sabe qual é? Pois é, o Ferry andou aí metido a Bob Dylan. Mas falemos de Manzanera. O cara, como última referência curricular, esteve na produção do álbum On An Island, de ninguém menos que sir David Gilmour, a lenda viva, o homem do bend, o cara dos solos, ainda que a maioria só fale de Comfortably Numb e esqueça a existência de uma The Gold is in the. Excelente trabalho do Manzanera e do Gilmour, que renderam aí as turnês Remember that night com o falecido Richard Wright, aquele que levou consigo um sonho de Pink Floyd.
Sério Dias e Phil Manzanera - Mato Grosso
O álbum, é claro, tem uma sonoridade incrível. É tudo muito preenchido. Na primeira faixa você se depara com um clima tribal criado pela percussão, pelo chocalho, alguns sons de fundo que estão ali sugerindo. É impossível não se perder na progressão crescente, os sons vão surgindo, um a um, compondo o mundo onde Sérgião quer te jogar. A segunda faixa segue o mesmo clima, mas progressivamente os sons da natureza vão dando lugar aos instrumentos, de forma crua, e nos deparamos com uma mudança de andamento repentina, tudo recende ao poderoso alcance da World Music.
Assim segue o álbum, uma mistura de sons que sugerem a natureza, ritmos latinos, uma coisa de samba que vem na quarta faixa, pra logo depois, ainda na mesma canção, se diluir numa pegada altamente melódica de guitarra. Eu acho que não erraram na mão ali, não, quando optaram por essas mudanças. É sempre arriscado, mas se saíram bem nas ligações entre as partes, ao meu ver.
Ouça você, também.
domingo, 7 de dezembro de 2008
The Giant's Fall
Essa história começou há sete anos. Sim, exatos sete anos de angústia. Hoje, finalmente, a constatação. A queda.
E agora? Já não tenho tanto amor pelo futebol, mas é impossível dizer que algo não dói. Ecos, talvez. Quem sabe a última, a derradeira sensação de pertencer que se esvaindo deixa as marcas doloridas das pegadas pelo caminho que abre a braço.
O que se pode acrescentar? Lágrimas comovem os fracos. Por trás delas está o homem, sua responsabilidade, sua entrega, seu compromisso. Chorar comove as donas de casa, na novela, talvez, mas em campo significa que você falhou e não tem onde se esconder. Como uma criança você chora, porque não tem resposta? Não, porque você as tem todas.
Parabéns aos que tentaram afundar o Vasco da Gama: vocês conseguiram
E agora? Já não tenho tanto amor pelo futebol, mas é impossível dizer que algo não dói. Ecos, talvez. Quem sabe a última, a derradeira sensação de pertencer que se esvaindo deixa as marcas doloridas das pegadas pelo caminho que abre a braço.
O que se pode acrescentar? Lágrimas comovem os fracos. Por trás delas está o homem, sua responsabilidade, sua entrega, seu compromisso. Chorar comove as donas de casa, na novela, talvez, mas em campo significa que você falhou e não tem onde se esconder. Como uma criança você chora, porque não tem resposta? Não, porque você as tem todas.
Parabéns aos que tentaram afundar o Vasco da Gama: vocês conseguiram
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