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terça-feira, 3 de dezembro de 2013

defendendo territórios - A luta de qualquer bandeira (penso que)

O orgulho de ser heterossexual, a que tanto criticamos, também existe como orgulho homossexual. Quem conhece os grupos diversos que se organizam por aí, sabe que estou falando uma verdade: os grupos se organizam da mesma forma, digo, em estrutura, com suas particularidades, obviamente, mas trata-se da mesma estrutura. Em muitos casos, grupos homossexuais não toleram heterossexualidade, por N motivos, que aqui não serão questionados, mas que podem ser observados mediante experiência de vida. Seja aberto às diferenças, preservando suas próprias escolhas e respeitando o próximo, e aí, então, a Verdade ser-te-á revelada.

Defendo, portanto, que as teorias da psicologia e os esforços da psicanálise em falar sobre as opções sexuais e seus enfrentamentos não dão conta da realidade, porque a mente é o lugar onde se processam escolhas, desejos, não verdades. As verdades são da convenção. A convenção é uma lei de grupo. Um grupo é um povo e um povo ocupa um espaço. Onde quero chegar? O orgulho é parte da defesa de um território. Obviamente, nesta defesa, muitos podem estar confundidos e lutando do lado errado por muitas razões: medo, dúvida, comodismo. Apenas quando resolvem suas dúvidas internas (aí, sim, papo para a psicologia), é que podem se resolver territorialmente: vão ocupar extremos? que bandeira será levantada? Porque existem outros lugares, outros territórios, outras bandeiras e reinos menos e mais livres.

Psicologia ajuda a se resolver consigo. Uma vez que se tem paz com o que se é, a coisa passa a ser perspectivada para fora. Entra, aí, o Outro, e quando falamos dEle, temos que pensar que o espaço interior está fora de cogitação, já que é totalmente especulativo (incapaz de ser sondado). Só nos resta falar da relação que existe entre indivíduos, que é social, que é matéria de interesses e espaços, de desejos e territórios. Uma vez que se estabelecem regras e se funda uma tradição, convívio, prática, preservação, tem-se um espaço coletivo, um "lugar-comum". Este lugar passa a ser visto, em muitos casos, como a própria morada e, mais ainda, numa camada ainda mais profunda, com a própria identidade. A defesa do território passa a ser a defesa de algo que se preza muito, que é a própria casa, ou a si mesmo, quando se mistura à ideia que o sujeito faz do que é. Neste caso, teríamos o orgulho de ser qualquer coisa.


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