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segunda-feira, 27 de dezembro de 2010

filme triste

hoje, nenhuma poesia satisfaz.
os castelos estão ruindo.
as fadas sem asas estão indo embora.
não há magia suficiente.

enquanto isso, as pessoas seguem rindo.
talvez seja o mar,
talvez o novo ano que se aproxima.
explicações e rimas.

a poesia fede, condena, espalha.
hoje, ficarei reunido.
uma única lágrima embala o barco,
furado
fundido

sem vela
sem remo
sem rima
num canto do quarto
sozinhando
pro fundo.

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