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segunda-feira, 4 de julho de 2011

I say goodbye, I say hello

Tchau, Rio de Janeiro. Olá, Curitiba.

Com um diploma, alguma experiência, muita se de empirismo e uns trocados no bolso, digo adeus ao Rio de Janeiro. Claro que eu volto, a família tá aqui, não tem como abandonar. Mas o logradouro muda, as amizades balançam, novos laços são criados e é isso, Curitiba, no Paraná, é meu grande passo.

E o por quê?

Então, uma série de fatores me levou a conhecer Curitiba, dentre eles o festival Psicodália, realizado em Rio Negrinho há duas edições. Foi a capital do Paraná o lugar escolhido como entreposto entre a cidade natal e o destino de férias. Na primeira vez, pouco vi, mas nas outras viagens pude conhecer um pouco mais do lugar e das pessoas, e tem sido assim desde então.

A cidade entrou em conformes com algumas coisa que eu já tinha plantado aqui dentro e, em relação ao RJ, elenca-se os fatos:

- mais organizada
- mais limpa
- menos populosa
- mais comprometida
- menos custosa

É claro que os contras são vários, mas isso não é o fator determinante, não tanto quanto a natureza das qualidades citadas. Sinto-me mais próximo de um ambiente que acredito ser mais o que eu estou a fim de participar, não sei amanhã, porque minha paixão por sol e mar é infinita e o nordeste sempre me sorriu todo prosa, mas neste momento é com essa galera que o jogo parece interessante.

Cansei do jeitinho carioca, do "na hora a gente resolve". Cansei do "foda-se" que um diz pro outro, diariamente, da falta de bom senso e educação no trato com as pessoas. Um lugar onde as pessoas não se organizam pra fazer um convívio interessante, parecem não sentir prazer na comunhão, ao contrário, afirmam e reafirmam sua individualidade de uma tal forma que só podia resultar no fracasso da vida em sociedade. Violência, corrupção, do mais pobre ao mais rico, negligência.

Não acho que o Paraná vai ser um mar de rosas. Sei que em terras estrangeiras um forasteiro é sempre um forasteiro, um estranho no ninho. Acontece que aposto no amor que os curitibanos têm por Curitiba, ao aderirem a uma convivência mais pacífica, ainda que frágil, como qualquer outra, a um senso de ordem e organização para manter a cidade limpa e funcionando, para fazer parte da construção deste espaço. Os cariocas, em maioria, usam o Rio de Janeiro, e é por isso que não se importam com o lixo, com as praias, com os bens públicos, com a vida dos seus vizinhos e como cada um está relacionado a muitos outros por sua existência social. Não existe "Eu", quando se pensa em consequências. Todo gesto tomado por qualquer indivíduo atinge o "Nós".

É com essa visão que deixo meus velhos, que arrasto minhas coisas e me atiro na vida pra tentar algo que vai me tornar muito mais feliz comigo, a construção do sonho na vida. E aos que me falam em medo, eu lhes digo, já passou este tempo. Abracei o medo logo que olhei pra fora da janela e tive meu primeiro pensamento de horror ao que pode acontecer. Desde então, vivemos uma relação íntima, onde aos poucos começo a fazer trajetória.

sexta-feira, 25 de março de 2011

friday I'm in love

Hoje, pego as meninas do Alemão. Depois, gravação pra um amigo, no Espaço Multifoco. A bombada do evento é o objetivo, no caso. No meu caso, queria dunas e um mar pra me calar.




Arrigo Barnabé e seu "Tubarões Voadores".
Essa Crotalus Terrificus é irada. Saca só a organização do som, a performance dos músicos e da cantora, a letra, a interpretação.

terça-feira, 22 de março de 2011

métodos

Vou começar a usar o "pesca-palavra" com os alunos, em um intervalo controlado, pra ver se existe algum desenvolvimento perceptível. Justamente por essa possibilidade é que sou contra a interdição de materiais com o conteúdo "avançado". Quem dá o enfoque é o professor, conteúdos avançados em músicas e textos podem ser facilmente ignorados quando da explicação estrutural. Proibir que o aluno entre em contato com as formas é uma infrutífera limitação.

Observarei o londrino nesse sentido e anotarei aqui seu progresso.

domingo, 13 de março de 2011

domingo, 20 de fevereiro de 2011

Sonho que se sonha só

Mais uma pra novela da vida real

Em Brasil, mostra tua cara desta edição...

"Deputados usam verba de gabinete para pagar parentes

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SILVIO NAVARRO
FERNANDO GALLO
DE SÃO PAULO

Três deputados estaduais paulistas repassaram a familiares no ano passado parte do dinheiro que seus gabinetes na Assembleia Legislativa recebem para apoiá-los no exercício de seus mandatos. A reportagem está disponível para assinantes da Folha e do UOL.

Os três usaram a verba para cobrir despesas com o aluguel de imóveis que pertenciam a seus parentes e onde eles dizem ter mantido escritórios no interior do Estado.

Cada deputado estadual de São Paulo teve direito em 2010 a uma verba de até R$ 20,5 mil para manter escritórios políticos fora da Assembleia, encomendar estudos e contratar consultorias, entre outras despesas.

Levantamento feito pela Folha mostra que no ano passado os 94 deputados estaduais paulistas gastaram R$ 17 milhões dos R$ 23 milhões que seus gabinetes estavam autorizados a utilizar com esse tipo de despesa."


http://www1.folha.uol.com.br/poder/878355-deputados-usam-verba-de-gabinete-para-pagar-parentes.shtml

é incrível. Sociólogos devem adorar essas vibes. O discurso diz, claramente, que nosso governo é corrupto em suas várias instâncias. Essa é a história da política brasileira. Que governo ficou ausente de corrupção? O do Tancredo, talvez, e não boto minha mão no fogo.


Temos provas editadas, provas de que o governo NUNCA foi confiável e NUNCA trabalhou para as pessoas que, supostamente, compõem esse poder por meio do voto. Obrigatório, diga-se de passagem, o que é mais absurdo. Ou você escolhe, ou você vai ser punido. Isso não é democracia, nem aqui, nem em lugar algum.

É simplesmente absurdo que as pessoas vivam neste nível de compromisso com a vida política. É como se fossemos retardados mentais. É como se alguém viesse todos os dias nos surrar, depois da escola, no caminho que faz até em casa, e levássemos isso adiante, sem perspectiva ou vontade de alterar os fatos.

O aumento do salário desta corja foi a gota d'água. Só não vê quem não quer. Além de nos roubar constantemente, os caras ainda tem a audácia de legalmente instituir vantagens absurdas sobre o povo. Onde estão os brios? O que acontece com a gente que não fazemos nada?  Estamos sendo diariamente passados para trás, as coisas acontecem num plano inacessível para o povo, durante o trabalho do povo, em lugares fechados ao povo, por pessoas que não são e não querem ser do povo. O povo constrói a vida desses homens e mulheres que exploram a fé e a ignorância alheia, que exploram o medo e a interdição. O povo é quem faz destas pessoas os marajás que são.

Será que, um dia, a humanidade vai conhecer, novamente, um povo destemido? Um povo que luta pelo que quer? É possível que a estrutura seja declaradamente exploração abusiva e consigamos viver décadas, oferecer em sacrifício a vida de nossos filhos, e dos filhos dos filhos, em troca de "paz" e "identidade"? É um absurdo que não nos levantemos contra tamanha ofensa feita a quem faz desta terra uma nação de indivíduos representáveis. Somos esculachados com uma regularidade que já deveria ter tirado dos eixos uma massa mais significativa de brasileiros, mas preferimos nos dedicar a causas micro, vivendo num macro que as possibilita ou impossibilita mediante necessidades particulares. Para que qualquer coisa possa ter qualquer significado, não podemos estar sob uma estrutura que manipula o acontecimento das coisas por vontade de beneficiar uns poucos.

É preciso acordar.

sexta-feira, 11 de fevereiro de 2011

nova estréia

     Hoje, sexta de fevereiro, de um 2011 cheio de promessas, fiz minha estréia como professor de inglês para uma turma de nível básico.
     Não foi qualquer turma, mas uma galera que está inscrita num projeto que tem três frentes: a Secretaria de Educação do RJ, a ONG Cidadania Cidade Maravilhosa e a UFRJ, que está responsável pelo suporte pedagógico e que fez a seleção dos professores.
     A turma é interessada, passamos bons momentos e rimos bastante. Ainda assim, deixei bem claro que é preciso correr atrás e se envolver com o idioma para conseguir alguma fluência. Não dá pra aprender uma nova forma de comunicação sem praticá-la.
     Vimos palavras e expressões previamente conhecidas por eles, falamos de cognatos e frases de cumprimento, saudações e despedidas.
     Segunda tem mais. Espero aguentar o ritmo.

sábado, 1 de janeiro de 2011

e de quebra

O suposto grande ex-presidente da República leva, para o coração do Estado operário, o não menos grande José Sarney, homem cuja reputação chega dias antes do próprio. O que se pode falar além? Não sei se uma imagem vale mais que mil palavras, mas essa daí, com certeza, diz muito.



E enquanto isso, o teatrinho vai se desdobrando aos olhos do povo, que por sua vez, tá é louco pra participar, quer saber de acabar com nada, não, de deter, de proibir, de reivindicar. O que importa é fazer parte da festa, qualquer que seja, mesmo que sendo o bobão, aquele que quando vira as costas se torna a piada ambulante. Vai Zé Povão, batendo palma pra quem te açoita.

ô gente mentalmente preguiçosa...