Acabei de assistir Albert Nobbs. A beleza do filme está
excessivamente concentrada na personagem de Glenn Close, de maneira que se
acompanha esse ser trágico rumo a um doloroso fim, como de costume. A tensão
que existe entre a jovem de quatorze anos, estuprada e abandonada debaixo de
uma escada, e o garçom de idade que economizava pra comprar uma tabacaria
explode quando Albert bate a cabeça fatalmente contra a parede, depois de
atacar o agressor da mulher que havia escolhido para fazer parte de seus planos
ideais. Sua valentia era a certeza de uma escolha, abandonar o vestido pra
sempre e se tornar um homem de família. Infelizmente, a constituição física de
uma frágil senhora fez de Nobbs uma vítima. O lesbianismo aflora totalmente
diferente do que se vê na mass midia, com aquela sensualidade teatral e uma
lascívia digna de entorpecentes. Em Albert
Nobbs, ela surge, por um lado, como fruto de uma cumplicidade, e por outro,
como projeto ideal de vida, sem o estigma da sensualidade barata, sem a sombra
do erotismo vulgar.
Nobbs é uma máscara interessante da humanidade |
E falando em vulgaridade, vai um
alô pra rapazeada boa de bola: fica longe desse crack, molecada, que dá pra ver
que o barco afunda muito rápido. Os grandes centros estão cheios de viciados,
cada vez mais, dos mais pobres até os filhos da classe média. Todos se acumulam
nas ruas esquecidas pela polícia, na maior parte do tempo, e se refugiam em
tragadas de um prazer corrosivo e humilhante. Vão-se os dentes, o cabelo, as
roupas, a higiene, os objetos pessoais e a dignidade, por fim. Tudo por causa
de algumas tragadas em um lixo químico, que faz de mamíferos sadios um bando de
zumbis nas cidades cheias de merda. Não experimentem, porque não parece, em
nada, positivo. Se tivesse algum ponto realmente interessante na coisa toda,
tenho certeza que ele estaria sendo comentado como acontece com a maconha, com
o LSD e até as atuais "drogas legais". Mas não tem. As pessoas
simplesmente começam a viver em torno da pedra e definham até a morte. Por
favor, né, tem tanta coisa boa pra fazer nesta vida, e vai se matar tão rápido
por causa de um veneno que colocaram aí pra que você se torne mais um na
estatística de desesperados falecidos? Ninguém está falando em abstinência, mas
há alternativas pra se ter prazer, e muitas podem ter os danos eventuais
amenizados por boa alimentação, exercícios físicos, uma vida feliz e consultas regulares
com seus médicos. Equilíbrio e atenção com as toxinas e venenos, isso faz a
diferença total e não deixa sua vida um porre.
Falando em porre, que vontade de
tomar sex on the beach, manja?
Aquele drink bicha, que leva suco de pêssego, licor de cassis e vodka. Não é
isso, Amaury Junior? A galera da sucata faz com suco de laranja, groselha e
vodka, o que também é irado, o tipo de coisa que eu me amarro em beber. Não
curto destilado puro, tanto assim, a não ser Tequila, mas adoro esses drinks.
Uma vez, fui com alguns amigos em uma Casa aqui em Curitiba, o James, e descobri que os caras fazem
uma caipirinha boazinha de morango. Aqui vai a minha receita pra você:
Caipiranha de Morango
6 morangos grandes
4 folhas de hortelã
25 ml de de Keep Cooler
2 doses e 1/2 de vodka
2 colheres de sopa de açúcar
Você pode colocar açúcar mascavo,
se quiser, e também, se tiver cereja em calda na geladeira, dá pra colocar um
pouco dela, mas não se esqueça de diminuir o açúcar, se for usá-la. Joga na
coqueteleira com gelo moído, dá aquela agitada venenosa e sirva pros amigos.
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