Marcas. O que são elas? Corporações
terríveis que querem destruir o planeta? Também, mas não é a ideia em sua base
fundamental, entende? Assim, as marcas nada mais são do que nomes que
sintetizam todo o trabalho de um grupo. Portanto, quando a gente pensa, por
exemplo, em ELEGÊ, a gente pensa nos funcionários, nos empresários, em todos os
envolvidos por trás de cada produto da marca. Acontece que, no mundo em que
vivemos, as marcas também são empresas que fazem de tudo pra enriquecer, e tudo
significa muita coisa ruim. Não precisa ser assim, mesmo, sabe? É possível que
as marcas sejam o resultado de um trabalho honesto, comprometido com a
transparência e focado na qualidade, para assim obter seu reconhecimento em
dinheiro.
No caso, eu comprei um molho
cheddar deles que quebra muito o galho. Até porque, cheddar, pra mim, existe
dois: o do Mcdonalds e os demais. Esse é um daqueles demais que não te enjoa,
não tem gosto de maisena ou farinha de trigo e nem é sem graça. No entanto,
sempre penso que ainda existe um cheddar realmente gostoso a se comer, em algum
lugar pó aí, além das porcas máquinas do Mcdonalds. Peguei esse molho e joguei
sobre uma massa que minha mulher fez, onde já havia outro molho – o de tomate.
Sim, ela havia temperado o molho QUERO com alho fresco e estava uma delícia.
Terminei a coisa jogando um pouco de orégano e queijo parmesão para dar o tcham. Olha aí o
resultado.
Marcas são como nomes de música,
como um grande carro-chefe para o espetáculo que vai vir, e também o desfecho
que gera a vontade de retornar, que fica na memória, a chave do resgate. E um
trabalho que devemos celebrar é a existência de um dos maiores álbuns da música
brasileira, o grandioso Milagre dos
Peixes, fabricado nas sendas criativas do mestre Milton Nascimento. Não
conhece o Milton? Claro que conhece, cara, porque você já ouviu alguma coisa do
Clube da Esquina, um dos trabalhos
mais consagrados da carreira do cara, também do Lô Borges, do Beto Guedes, do Flávio
Venturini. Coisa finíssima. Nunca ouviu? Dá uma sacada, de leve, e se emociona, vai atrás e se transforma.
Elegê e Quero são marcas que,
como todas as outras, deveriam assumir o compromisso de estar sempre a par,
senão financiando pesquisas, para tornar seus produtos menos prejudiciais à
saúde quando consumidos em larga escala. Esse é o sinal da preocupação da
empresa, da marca, com seu cliente, seu fiel seguidor, aquele que dá seu
dinheiro e espera apenas a qualidade naquilo que está comprando e que vai
consumir. Quando as marcas assumirem os valores que nós queremos passar aos
nossos filhos, principalmente o de amar ao próximo, teremos um capitalismo
menos nocivo, mais competitivo e gostoso de se explorar, porque mais honesto e
transparente, mais cheio de vida no fim das contas.
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