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sexta-feira, 13 de janeiro de 2012

o brega

Um cara que sempre aparecia nas festinhas que eu ia, quando tinha uns doze anos, era esse maluco aqui.


Stevie B é uma coisa brega que só, mas naquela época o brega era pop, e o que nego colocava pra molecada se agarrar nas salas, supervisionado pelos tios. Depois do Stevie B, acho que era Double You. Quando lembro daquele clima escuro, da menina que cagava pra mim e dos casaizinhos dançando, lembro que "Please don't go, don't gooooo, don't go away" era recorrente.

Será que as coisas mudam? Porque eu vejo o Stevie B, daí penso num Michel Teló, fico pensando, será que todo mundo não tem o brega do seu tempo? Olha as roupas, as coreografias, a música do cara, tudo é uma grande merreca de talento, é doce demais, a ponto de ser apelativo. E não tem de ser assim, pra gente manter essa sociedade com a cabeça num mundo simplório de novela? Não é isso que a galera quer consumir loucamente, esse reflexo da vida cotidiana que levam, seus relacionamentos, problemas de trabalho, com a lei, etc.? A música é um complemento pra essa teatralidade toda, pra que a coisa caia bem. Claro, o som mexe com o corpo, ele ajuda a abrir os canais pra que os gestos, sempre repetidos, não arranhem quando passam na entrada...


time stands still

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