hoje, nenhuma poesia satisfaz.
os castelos estão ruindo.
as fadas sem asas estão indo embora.
não há magia suficiente.
enquanto isso, as pessoas seguem rindo.
talvez seja o mar,
talvez o novo ano que se aproxima.
explicações e rimas.
a poesia fede, condena, espalha.
hoje, ficarei reunido.
uma única lágrima embala o barco,
furado
fundido
sem vela
sem remo
sem rima
num canto do quarto
sozinhando
pro fundo.
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