Raghunath Vishnu Pandit é poeta nascido em Goa, cidade do litoral oeste indiano, que teve uma considerável produção em língua portuguesa após o processo de libertação da região. Sua poesia tem os signos e os símbolos da liberdade, alicerçados na moral que recebeu como educação e como fruto de uma cidadania inquieta.írica, manifesta dois lados de uma mesma unidade: o revolucionário e o conservador.
Faz revolução, quando erige poemas como "A Chuva", de 1962, em que expressa objetivamente os infortívidas seculares, coletores da riqueza alheia, semeadores da tristeza e desgraça. Imbuído deste sentimento, o eu-lírico convida a chuva para com ele chorar seus lamentos, numa belíssima imagem de desfecho. Este mesmo solo fé preciso navegar.
Pandit não se restringeçado por seu cativeiro. Maya.
Mas, o homem...
Desde que nasceu
Até a morte,
Gira somente
Dentro das quatro paredes
Da sua gaiola
Palrando
“Casa... minha casa...”
Mas, o homem...
Desde que nasceu
Até a morte,
Gira somente
Dentro das quatro paredes
Da sua gaiola
Palrando
“Casa... minha casa...”
Liberdade Alada em Bangalore |
O elemento aladoé um símbolo recorrente na poesia de R.V. Pandit. Em "O Inverno", poema datado de 1969, Pandit deifica a estação e a transforma numa figura voadora, que cruza o céu na faísca, semeando o sustento para o homem do campo. Novamente, as chuvas. Em seus versos, no entanto, este sustento nunca se mostra como uma variedade de produtos da terra, ao contrário, o lirismo do poeta goense expressa a humildade na colheita e no consumo. Os signos nos remetem ao arroz e palha, ao básico. Em "Um Desastre", de 1969, sua postura contra os exageros da fartura se expressam na construção de uma personagem gorda e início na evocação de tudo que poderia ter sido feito a tantos, mas que se perdeu naquela unidade autocentrada. Ao fim, proclama, consciente da liga
"Morreu um homem, sim?
Realmente?
Pois é um grande desastre
Morreu um homem?
Pois parece-me
Ele deve ser eu mesmo!"
Esta poesia, que canta enaltece a simplicidade do trabalhador, coloca-se ferozmente contra os grilh, mais precisamente, do álcool. Em "À espera de Rama", de 1967, o poeta faz a correspondência entre a perda do valor moral devido ao desejo de enriquecimento nas minas de Goa, como a mesma decadência que vitimou Ahiliá a se tornar uma estátua de pedra. A mulher, que cedera aos caprichos de Indra, foi amaldiçoada por seu marido, um santo, a permanecer neste estado atça redentora, a salvasse.
Homens, que anos atrás,
Eram de oiro
Hoje estão feitos pedras
Como a Ahiliá
À espera de Rama!
Em "A Virtude Peregrina", de 1963, "Mar de Embriaguez", de 65, e "Vinho", poema de 1968, Pandit declara uma recorrente viscio da dcada de 60, a personagem a Virtude e esta se perde do caminho a Deus por se fiar na companhia do Vício, interessado somente nos deleites do corpo. No poema seguinte, a perda da humanidade é o resultado obtido pela incursças que ainda nem tem o sizo. Ovel, volta-se contra o indiv
A poesia de Pandit tem raízes profundas na cultura oriental do equilíbrio, da simplicidade e do desapego. A vida como passagem é festejada em sua exultante brevidade, mediante valores que pintam um homem sem clausuras, sem tormento e medo.
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