Pesquisar este blog

sexta-feira, 13 de abril de 2012

Existe Inocente nas Igrejas?

Não, meus amigos, não há inocentes nas igrejas. Quando penso no tráfico de influências e na persuasão nociva exercida pelos pastores sobre os fiéis, penso diferente do que pensava antes. E o que eu pensava antes?





Antes, pensava que os líderes religiosos tinham uma espécie de lábia mágica, uma grande persuasão discursiva, capaz de dobrar o mais cético e fazê-lo escravo de um deus inventado. Eu achava que ali eram todos vítimas inocentes de sua ignorância e que deveriam ser salvos a qualquer custo. Eu cria, em verdade, que ali existiam pessoas inocentes. Pois não é verdade.

Estudando o prazer, cheguei ao conceito de catarse (kátharsis), que é o da purificação. Aristóteles comentou que, por meio de um drama, o homem é capaz de se purificar daquilo que o corrompe. Portanto, um ritual, uma encenação, é o que faz do momento de catarse o instante do sublime, lançando o indivíduo em um êxtase sem precedentes, já que ele está entrando em contato com a divindade para sua própria salvação. A religião e a novela que passa todos os dias ajudam o homem a purgar esses sentimentos e, por meio do drama, chegar a um estado de satisfação, o que gera o comodismo.

Portanto, inocente? Não, se você se ajoelha e ajuda a sustentar este Império de Ilusões, esta grande falcatrua que é a dispersão da atenção e dos esforços do homem para um plano ficcional, quando ele deveria estar investindo na vida social que constrói e usufrui, então você é cúmplice de uma gente que procura tornar a vida uma coisa obscura e difícil, servil e limitada, estúpida e criminosa.



Assuma sua responsabilidade civil. Ajude a construir um mundo justo, pelo prazer que ele vai gerar a todos nós, não porque você vai ganhar alguma coisa quando morrer. Esse é um pensamento imbecil. O que existe depois da morte é um mistério, ficará assim até que alguém volte e, sinceramente, todas estas escrituras sagradas que falam de retorno são um monte de balela que tem muito mais um fundo estratégico, discursivo, político, do que de profecia. Até que alguém de fato retorne, ajude a cuidar do mundo, sejamos felizes. Chega desta babaquice de privações, joguinhos de hierarquia, de um passando o outro pra trás enquanto reza um pai nosso.

Nenhum comentário: